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Bruno Pucci

• Este artigo se propõe estabelecer um diálogo com o ensaio Teoria da Semiformação, de Theodor Adorno, escrito em 1959, no contexto do capitalismo do bem-estar social. O objetivo é ressaltar sua atualidade na abordagem da crise da formação cultural contemporânea, em que prevalece a forma de capitalismo neoliberal e, ao mesmo tempo, detectar novas nuances constitutivas da referida teoria nesse momento histórico. Nessa trajetória, o texto percorrerá os seguintes passos: a Teoria da Semiformação como um diagnóstico da crise da formação cultural no final da década de 1950; as formas de como a ontologia da semiformação se constitui em tempos de neoliberalismo; as novas roupagens com que essa crise cultural vai se instalando progressivamente nas salas de aulas; e a necessidade de se lhe contrapor novas manifestações de resistência. O artigo buscou apoio teórico em Dardot e Laval (2016) para captar as especificidades do neoliberalismo contemporâneo.
• This article proposes to establish a dialogue with Theodor Adorno's Theory of Semiformation, written in 1959, in the context of social welfare capitalism. The objective is to emphasize its relevance in addressing the crisis of contemporary cultural formation, in which the form of neoliberal capitalism prevails and, at the same time, to detect new constitutive nuances of this theory in this historical moment. In this trajectory, the text will follow the steps: Semiformation Theory as a diagnosis of the crisis of cultural formation in the late 1950s; the ways in which the ontology of semiformation is constituted in times of neoliberalism; the new forms this cultural crisis is progressively installing itself in the classrooms; and the need to counter new manifestations of resistance. The article sought theoretical support in Dardot and Laval (2016) to capture the specificities of contemporary neoliberalism.