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O presente artigo trata da consciência filosófica expressa nas formulações de T. W. Adorno quanto ao desvanecimento da ética como possibilidade inerente ao ato educativo. Tendo em vista compreender o significado do termo "doutrina da vida reta" que, nas palavras de Adorno, teria caído em esquecimento na atualidade, o presente texto revisita o pensamento ético de Aristóteles, procurando elucidar o seu sentido imanente à educação. Por fim, extrairemos desse percurso algumas preocupações referentes ao problema da educação contemporânea sob a ótica das formulações de Adorno.
Neste breve ensaio queremos nos movimentar, com base no pensamento estético de Theodor Adorno, no caminho da reflexão sobre o conceito de mímesis e da expressividade estética da obra de arte, num contexto problemático da educação contemporânea no chamado “capitalismo avançado”. Portanto, questionamos de que forma, num espaço de excelência na produção deste, podem as obras de arte resgatar a face emancipatória da educação, como possibilidade para tematizar o imperativo da formação humana.
Vinculada à tradição da Escola de Frankfurt (Horkheimer, Adorno, Habermas), a teoria de reconhecimento (Honneth) tem grande repercussão nas ciências sociais, pois propõe um novo tipo de fundamentação ética com vistas ao projeto de uma sociedade solidária e justa. Na pedagogia, porém,sua recepção é ainda modesta. O ensaio objetiva mudar a situação, querendo mostrar a importância da contribuição de Honneth para a práxis educativa. Primeiro, são apresentados alguns tópicos centrais da teoria. Depois, os conflitos entre as diretrizes ético-morais no trabalho profissional servem de exemplo para mostrar como a teoria de reconhecimento recorda aos pedagogos a necessidade de refletirem sobre o processo pedagógico como campo de experiência essencialmente social para os envolvidos.
Este artigo busca aliar as leituras de Adorno e Dewey acerca do papel da educação frente o fenômeno da alienação social, focando principalmente a experiência dentro do processo de emancipação. Ao final, busca-se identificar os ideais de coletividade e compromisso como premissas falsas dos processos educacionais.
Neste artigo, pretende-se apontar para uma tensão dialética entre o racional e o irracional, entre o conceito e o não conceitual, atualizando o sentido do não idêntico. Essa atualização configura-se na necessidade de potencializar uma filosofia da educação crítico-formativa com base na perspectivada “expressividade estética”. A questão que se coloca é a seguinte: como podemos compreender o sentido do não idêntico, a partir das necessidades de uma educação crítico-formativa e das condições para efetivá-la no âmbito das reflexões filosófico-educacionais? Desse modo, faz-se uma breve incursão no que consiste o papel da dialética negativa do filósofo Theodor W. Adorno para se pensar o sentido da “razão” (ou das razões) na perspectiva do “não idêntico”. Partindo disso, busca--se apontar as possibilidades da crítica imanente adorniana, cujo escopo manifesta na dialética do sofrimento no âmbito do capitalismo. Por fim, pretende-se assinalar e discutir a potencialidade da “expressividade estética” do não idêntico, articulada com algumas possibilidades para a educação no contexto atual.
O presente artigo visa a fazer algumas anotações sobre educação, emancipação e crítica social no pensamento de Theodor W. Adorno. Esses temas se relacionam direta e indiretamente nos escritos de Adorno e assinalam a coerência epistemológica da sua teoria crítica em relação a ambos. Desse modo, a questão que colocamos é a seguinte: como compreender a tensão presente entre as necessidades de uma educação para a emancipação e as condições para efetivá-la? Essa questão nos encaminha para outra: é possível relacionar, nos textos adornianos, uma perspectiva de se pensar a educação para a emancipação, articulada a uma crítica social no contexto atual? Primeiramente, fazemos uma breve incursão no que consiste o pensamento contra a barbárie em Adorno, sobretudo, a partir do sentido de Auschwitz como símbolo da relação entre civilização e barbárie que o autor faz. Num segundo momento, nos confrontamos com a questão da formação cultural na Teoria da Semiformação, cujo escopo do texto é apontar os limites da formação cultural e consequentemente os limites da educação no âmbito do capitalismo avançado. Por fim, pretendemos discutir a ideia de "crítica social" em Adorno, articulada aos temas anteriores, isto é, apontar algumas ponderações para uma educação contra a barbárie e a semiformação frentes aos desafios impostos pela sociedade atual.
A banalização da fraude no ambiente acadêmico impõe severos problemas à formação dos indivíduos. Este estudo fez uso da teoria crítica relacionada à educação. Adorno analisou o problema da semiformação na sociedade capitalista, em que a educação se tornou mais uma mercadoria a ser entregue a seus consumidores. O objetivo deste artigo foi propor a reflexão crítica sobre os reais sentidos da persistência da fraude nas universidades. Portanto, a fraude acadêmica destaca-se como uma evidência de que há algo errado com a educação fornecida pelas universidades. Somente uma mudança pedagógica pode transformar o caminho da educação inserida na sociedade capitalista. O resgate do potencial emancipatório da educação é fundamental para que a sociedade possa formar pessoas críticas e autônomas.
Este artigo tem como objetivo analisar o tema da regulação da conduta em pesquisa, passados mais de dois anos da vigência da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 510/2016. São investigadas três perspectivas (formativa, filosófica e normativa) para verificar as possibilidades de autonomia ética na pesquisa em contraposição à heteronomia normativa, especialmente no campo educacional, como parte das Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas (CHSSA). A análise tem como principal base teórica a obra de Theodor W. Adorno e é realizada especialmente com base em uma das questões motivadoras da Teoria Crítica da Sociedade, qual seja, a possibilidade de emancipação (autonomia) do indivíduo na sociedade administrada.
O presente texto apresenta uma reflexão sobre a educação dos sentidos a partir do estudo das obras “A indústria cultural” de Theodor W. Adorno e “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” de Walter Benjamin. Primeiramente apresentamos uma breve contextualização histórica sobre o período no qual se desenvolveram os referentes textos. Em seguida buscamos demonstrar através do pensamento de Walter Benjamin como a arte passou a educar os sentidos das classes trabalhadoras a partir da sua reprodutibilidade técnica. Nas considerações finais, apontamos a importância da leitura de ambas as obras para possíveis reflexões acerca da formação do discurso nas tomadas de decisão social e cultural na atualidade. Como também buscamos compreender a função política da arte na formação crítica do sujeito.
Neste artigo trataremos de entender quais foram as principais propostas de Theodor W. Adorno, filósofo alemão e membro da Escola de Frankfurt, para a educação de seu tempo. A partir de uma análise, mesmo que marginal, de parte do conjunto substancial de seus escritos, palestras, entrevistas e debates, sobretudo da obra em conjunto com Horkheimer, “Dialética do Esclarecimento” e dos ensaios de “Educação e Emancipação”, este texto evidencia os pressupostos do pensamento adorniano, pautado na teoria crítica da sociedade, e elucida suas reflexões na tentativa de propor que a educação fosse mais política e baseada no esclarecimento e na emancipação. Modicamente, buscamos pensar a atualidade e a urgência de suas reflexões para o campo educacional contemporâneo.