300 Sozialwissenschaften
Refine
Year of publication
- 2017 (59) (remove)
Document Type
- Article (59) (remove)
Language
- Portuguese (22)
- English (16)
- German (15)
- Spanish (4)
- Ukrainian (2)
Has Fulltext
- yes (59)
Is part of the Bibliography
- no (59)
Keywords
- Adorno (6)
- Reconhecimento (4)
- Theodor W. Adorno (4)
- Axel Honneth (3)
- Critical theory (3)
- Franz L. Neumann (3)
- Honneth (3)
- Recognition (3)
- ideology critique (3)
- political economy (3)
Institute
The present paper accumulates information and studies the etymology of the Romanian ethnonym “Aleman” and its versions, beginning from their geographical spread throughout Romania and Germany. The Romanian surnames “Aleman” and “Aloman” (highest prevalence in the area of Transylvania, in the Sibiu and Alba counties), as well as “Aliman”, “Alimănescu”, “Alaman” and “Alman” (highest prevalence in the areas of Muntenia, Oltenia and Dobrogea) do not come from the French term “allman” as their German equivalents “Allman”, “Allmang”, “Lallemand” do, which are concentrated in the Western Germany (in the Saarland, Rhineland-Palatinate German federal districts), due to the fact that there are no correspondents to the surnames of the Transylvanian Saxons. Therefore, the origin of these Romanian surnames is more likely to relate to the Turkish term “aleman” (see Iordan, 1983, p. 25 and 23), which also refers to the Germanic tribe of alamans or alemans, having the same meaning of “German”. The geographical proliferation of the “Aleman” and “Aliman” versions of the term is specific to the East to West population migration phenomena. These versions are the only ones existent in today’s Germany. Thus the “Aleman” and “Aliman” surnames are to be found in strongly industrialized centers such as Munich, Stuttgart, Karlsruhe, Mannheim, Wiesbaden, Bielefeld, Hamburg and not in the area of the German-French frontier (see following map).
Die soziokultivierte gewaltfreie Kommunikation bedeutet eine kultivierte Konfrontation der Selbstprojektionen der Kommunikationsteilnehmer. Soziokultivierte Kommunikation wird dadurch gekennzeichnet, dass sie korrekt ist. Das Wesen der Korrektheit jeder Kommunikation bildet die Proportionalität zwischen den Akkommodations- und Assimilationsprozessen. Diese Proportionalität bedeutet, dass alle beteiligten Kommunikationsteilnehmer über eine angemessene Egomobilität verfügen. Diese beruht auf dem Gleichgewicht zwischen Egozentrismus und Allozentrismus (vgl. Dolník 2009:76–78). Die einzelnen Kommunikanten bemühen sich nicht nur um die Durchsetzung der eigenen Selbstinterpretation (der eigenen Werte und Normen, Kommunikationsstile, Einstellungen, Gefühle, Verpflichtungen, Beziehungen, Überzeugungen, Verhaltensweisen, Erwartungen, Bedürfnisse usw.), sondern gleichermaßen um das Verständnis der Selbstinterpretation ihres Kommunikationspartners. Eine effiziente Kommunikation geht Hand in Hand mit der Problemlösungsstrategie der Konfliktbewältigung. Sie geht davon aus, dass jeder Konflikt ein Problem darstellt, das grundsätzlich lösbar ist und dessen gemeinsame Lösung den beiden Konfliktseiten Vorteile bringt.
Este artigo visa discutir os modelos de síntese pressupostos pela dialética negativa de Adorno através de aproximações de temáticas maiores da filosofia de Karl Marx. Isto nos permitirá qualificar melhor a natureza materialista da dialética negativa adorniana, abordando inclusive o impacto político de certas elaborações conceituais.
La risa es uno de los temas menos estudiados en la obra de Walter Benjamin; sin embargo, constituye una de las claves para la comprensión de lo que el crítico alemán consideró que podría ser una politización del arte. En este artículo tratamos de desgranar el lugar de la risa en la teoría estética y política de Benjamin a partir de su conferencia «El autor como productor». Desde ese punto nos proponemos introducir su lectura de Bertolt Brecht, así como su polémica con Theodor W. Adorno.
O Objetivo deste artigo consiste em apresentar fundamentos da proposta epistemológica de Jürgen Habermas, identificados em obras precedentes à sua Teoria do agir comunicativo. A partir de Teoria analítica da ciência e dialética será explorada a proposta do autor, tendo percorrido antecipadamente pela querela entre Popper e Adorno; posteriormente busca-se analisar como Habermas, em debate com seus contemporâneos, retrata sua proposta em Técnica e ciência como ideologia, considerado um marco para a Escola de Frankfurt.
Este escrito reconstruye la problematización que Wellmer hace del planteamiento adorniano sobre el hundimiento de la metafísica y su articulación con una eventual alternativa estética para, inmediatamente, explorar la propuesta integral de la tercera Escuela de Frankfurt en torno a la eticidad democrática, sustentable desde los planteamientos de Dubiel, Honneth y Wellmer, como alternativa para una superación de las aporías que Adorno y la primera Escuela de Frankfurt no logran superar, categoría que nos remite en Habermas a su noción del patriotismo constitucional donde adquiere toda su proyección política postconvencional la eticidad democrática y que concurre en la figura de una opinión pública contestataria, que tanto Habermas como Nancy Fraser han querido fundamentar, como opción contra hegemónica y potencialmente emancipatoria en las sociedades en conflicto, para finalmente articular lo anterior con el talante cosmopolita del republicanismo que enfatiza, desde Nussbaum, Bohman y de nuevo Fraser, la perspectiva transnacional que las aspiraciones emancipatorias pueden tener en un mundo global, cuyas sinergias confluyen y concretan no solo estrategias de convivencia democrática nacionales e internacionales sino además, a través de las mismas, la superación concreta —no meramente ética o estética— de fenómenos de autoritarismo político y alienación social, en tanto mediación idónea, aunque parcial, de reconciliación en las sociedades complejas.
Теорія напівосвіти Адорно була вперше представлена як доповідь на З’їзді німецьких соціологів (1959). В ній розглядаються тенденції, що відбуваються у сучасній освіті і обумовлюють її кризу, яка загострюється у соціокультурних контекстах пізнього капіталізму. Теорія напівосвіти переосмислює і актуалізує концептуалізації освіти та культури у німецькій класичній філософії, марксизмі і фройдизмі, розкриваючи діалектику просвітництва через діагностику спотворень і деформацій освіти в опціях відчуженого духа, що криє у собі небезпеку ліквідації культури, яка перетворюється на масову, і руйнації людського буття через інструменталізацію свідомості та примусову адаптацію. Напівосвіта паразитує на ідеї освіти, яка є внутрішньо суперечливою через поєднання настанов на автономію та адаптацію. Подолання цієї суперечності можливе через негативну діалектику, яка комплементарно поєднує критику суспільства і критику освіти, відкриваючи для них нові горизонти
Theodor W. Adorno publicou o ensaio “Teoria da semiformação” (Theorie der Halbbildung) em 1959. A partir da publicação deste texto, observou-se sua relevância, sobretudo para que se pudesse compreender a maneira como a indústria cultural determinava a produção de prejuízos significativos no processo formativo. Desde então, a conquista do espírito feita pelo caráter fetichista dos produtos da indústria cultural, sendo esta uma das definições de Adorno sobre o conceito de Halbbildung, impulsionou a realização de muitas pesquisas sobre os danos decorrentes desta conquista na formação. Porém, investigar as atuais características do processo semiformativo não resulta na aplicação direta dos conceitos propostos por Adorno no final da década de 1950. Sendo assim, é preciso que tais conceitos sejam revitalizados por meio da análise das atuais mediações históricas. Seguindo essa linha de raciocínio, o principal objetivo deste artigo é argumentar que a reflexão crítica sobre o modo como a semiformação se renova, na atual sociedade da chamada cultura digital, torna-se fundamental para que se possam elaborar considerações sobre o renascimento da formação (Bildung).
To imitate all that is hidden. The place of mimesis in Adorno’s theory of musical performance
(2017)
The article examines the use of the concept of mimesis in Adorno’s notes towards a theory of musical performance. In trying to idiosyncratically define the latter as “reproduction”, Adorno relied on a framework elaborating on concepts introduced by Arnold Schoenberg, Hugo Riemann and Walter Benjamin – a framework that the article discusses insofar as it deals with the problem of mimesis. Specific attention is devoted to the relation between Benjamin’s essays on language and translation and Adorno’s theory of notation, that soon became the crucial aspect of his theory of reproduction. Given the shortcomings of Adorno’s theory, which in the end did not achieve its goals, the article proposes to capitalize on his terminology while at the same time rethinking his framework in the light of recent musicological paradigms for the study of musical performance. On the whole, the article shows that it was Adorno’s philosophical assumptions – in particular the theses of music’s non-intentionality and of its non-similarity to language – that prevented him from convincingly theorizing musical performance, and suggests an alternative framework for future research.
Examina-se aqui um estudo realizado por Theodor Adorno acerca das locuções radiofônicas do ativista político de extrema direita nos EUA, o pastor Martin Luther Thomas, à década de 30. Detendo-se nestes discursos por meio do método da análise de conteúdo, Adorno buscava entender os motivos que levaram os indivíduos a perpetuarem as mesmas relações econômicas que suas forças haviam superado, em vez de substituí-los por uma forma de organização social superior e mais racional. Passados mais de 70 anos, este estudo é, sem dúvidas, um instrumental precípuo para compreendermos o atual cenário social, principalmente o político.
Este artigo tem como objetivo principal analisar a relação entre utopia negativa e catástrofe na Estética de Adorno. O filósofo argumenta que a arte moderna é associada a um tipo de utopia que não é uma representação positiva do que a sociedade deveria ser. A utopia negativa apenas mostra o que a sociedade não deveria ser. A obra de arte está então carregada de contradições de uma sociedade não reconciliada. Tal explica por que a arte moderna e nova é tão recorrentemente caracterizada pelo feio, o repulsivo, o negro e o catastrófico. Na formulação de Adorno, a obra de arte se constitui como negação determinada da sociedade administrada. Como tal, a obra de arte é também negação determinada da cultura administrada, isto é, sua constituição é dada pela negação determinada dos padrões da Indústria Cultural e da tradição artística.
Com o advento da modernidade a filosofia passou a exigir que a religião prestasse contas à razão. A filosofia da religião de Kant é um exemplo desse tipo de iniciativa. Kant propôs julgar a religião no tribunal da razão. Mais de 200 anos depois, Habermas buscou renovar o projeto kantiano. Nosso trabalho visa esclarecer o modo como cada autor realiza o julgamento da religião no tribunal da razão. Além disso, discutiremos a relevância desse tipo de abordagem proposta por ambos os filósofos.
O presente trabalho aborda o problema da compreensão e justificação do conceito habermasiano de tolerância (Toleranz) nas sociedades marcadas por diferentes e incompatíveis (conflitantes) imagens de mundo (verschiedene und unverträgliche Weltbildern), onde se elaboram e articulam os contextos da justificação (Kontexte der Rechtfertigung) e o contexto da tolerância (Kontext der Toleranz). A meu ver, Habermas estabelece uma distinção ambivalente entre tolerância e não discriminação, baseada em uma dissonância cognitiva (kognitive Uneinheitlichkeit) aplicável às imagens de mundo (Weltbildern) concorrentes e mutuamente excludentes, resultando em uma diferenciação das expectativas normativas referente à resolução de dilemas que envolvem formas de vida culturalmente diferenciadas. Nas situações em que as objeções a crenças e práticas de uma forma de vida particular não se encontram baseadas em razões públicas (öffentliche Gründe), não caberia falar em tolerância, mas na luta pela igualdade de direitos de cidadania e reconhecimento de direitos culturais. A dificuldade consiste em declarar quais crenças e práticas seriam “eticamente objetáveis ou erradas”, mas que não poderiam ser igualmente julgadas, com base em “razões públicas”, como “moralmente rejeitáveis”, dada a existência de razões de aceitação (que não eliminam, mas superam as razões de objeção) e, portanto, objeto da tolerância, bem como aquelas crenças e práticas que não poderiam ser toleradas sob qualquer justificação moral baseada em “razões públicas” (crenças e práticas igualmente “eticamente objetáveis ou erradas” e “moralmente rejeitáveis”). Além disso, como ressalta Forst, nem sempre é possível estabelecer quais razões são “públicas” e podem constituir o fundamento de objeções razoáveis às crenças e práticas de alguém considerado “eticamente diferente” de “nós” ou ainda, como assevera Lafont, se estas mesmas razões estariam “disponíveis”.
O Direito liberal procede da ideia kantiana de um acordo de arbítrios conforme uma lei de liberdade externa, assegurando a ideia de um radicalismo pós-religioso de legitimidade e sem fundamentos metafísicos (Nozick). Habermas aproveita os sentidos do Direito liberal de Nozick e Kant, liberdade e não fundacionismo e associa a crítica ao Direito socialista a uma visão construtiva que, assim como Rawls (e seu pluralismo razoável), busca pensar as pretensões de um Direito democrático no espaço público. Superando a dicotomia socialista-liberal do século XX, Habermas busca manter a democracia e a pós-metafísica como elementos de um Direito pluralista que através do procedimentalismo institucionalizador das conquistas do espaço público movido pela razão comunicativa, possa assegurar as pretensões de legitimação da liberdade com as necessárias visões da “Teoria Crítica” sobre a legitimação da democracia no capitalismo tardio, preservando as autonomias pública e privada da tradição republicana e liberal de Kant.
O artigo apresenta brevemente as possíveis implicações da recusa da clonagem, do DGPI e da eugenia liberal para o formalismo da ética discursiva, pois tal recusa poderia sugerir a eleição de um modo de vida privilegiado, (uma vida humana baseada na “inteireza do patrimônio genético”). Apresentamos os elementos do formalismo ético de Habermas e os argumentos centrais de sua crítica às intervenções eugênicas. Sugerimos que a defesa habermasiana da manutenção da indisponibilidade do patrimônio genético (por seu papel na autocompreensão ética do humano como ser livre e autônomo) situa essa matéria da filosofia moral na tensão entre a ação comunicativa, no qual o debate deveria ter sede, e a ação instrumental, que ameaça monopolizar as decisões sobre o tema.
Schopenhauer afirma que uma ética não dogmática requer leis demonstráveis derivadas da experiência. Nesse sentido o fundamento de uma ética deve ser uma metafísica imanente, que sustente, na experiência possível, suas afirmações, e que seja, por isso mesmo, capaz de dar de uma vez por todas um fundamento legítimo à moral. A fundamentação da moral schopenhaueriana segue, portanto, uma argumentação muito próxima de uma metodologia científica. Para Schopenhauer a filosofia deve se aproximar mais de uma cosmologia do que da teologia. Max Horkheimer em “O pensamento de Schopenhauer em relação à ciência e à religião” destaca a fecundidade de tal posição filosófica e atualiza a importância de Schopenhauer tanto para sua formação quanto para uma legítima interpretação da modernidade. Acompanhamos, neste artigo tanto os aspectos fundamentais da fundamentação schopenhaueriana da moral, quanto aspectos da interpretação de Horkheimer da empreitada do filósofo.
Aproximações entre Nietzsche e Adorno acerca da massificação da cultura e da vida administrada
(2017)
Pretendemos pensar as relações entre arte e sociedade, tendo sempre em mente a tensão irredutível entre a autonomia e a heteronomia de uma em relação a outra. Para tanto, traçaremos uma análise dos argumentos principais a respeito dessa relação dialética, em dois momentos distintos da reflexão filosófica sobre o tema. Em um primeiro momento, traremos a defesa de uma certa autonomia da arte com referência não apenas à sociedade que a produz, como também aos valores morais que são ensinados através dela, com as reflexões e, sobretudo, com as críticas de Nietzsche sobre suas interpretações da tragédia clássica, a partir principalmente de O Nascimento da Tragédia, para, em um segundo momento, poder traçar um paralelo dessa argumentação com a constatação de Adorno a respeito da instrumentalização e da comercialização da arte, no contexto contemporâneo, expondo algumas das críticas de Nietzsche realizadas no séc. XIX sobre as produções culturais gregas do séc. IV a. C. e contextualizando-as em relação aos fenômenos estéticos contemporâneos.
У статті розглядаються соціокультурні контексти створення і рецепції теорії напівосвіти Т. Адорно на основі широкого застосування біографічного методу, що дозволило розкрити інтенціональність цієї теорії крізь призму спогадів учнів і колег. Запропоновано аргументативне підкріплення тези Ю. Габермаса про внутрішню роздвоєність теоретизування Адорно. Аналізуються інтерпретаційні схеми поняття Bildung (освіта, культура, формування) у німецькому ідеалізмі, де домінує семантика формування, а патології цього процесу відповідно концептуалізуються як деформації та розпад форм у різноманітніх маніфестаціях напівосвіти. Теорія напівосвіти є передусім діагностикою стану сучасних розвинутих суспільств, де засобами масової культури постійно продукуються такі патології, як відчуження і стани масового психозу. Цьому сприяє також тенденція рефеодалізації, яка, в свою чергу, виступає також симптоматикою духовної кризи постсучасності. Одним з проявів цієї кризи є радикальний антипод освіти - антиосвіта, яка є наслідком відмови сучасних навчальних і виховних практик від гуманістичної ідеї освіти. Для виходу із стану кризи критичної рефлексії потребують не тільки напівосвіта і антиосвіта, а й сама ідея освіти.
El texto se propone exponer críticamente algunos contenidos fundamentales del concepto de totalidad y su importancia para el pensamiento dialéctico. Partiendo de una crítica de la concepción hegeliana de totalidad, busca sin embargo defender este concepto, aunque reconstruido desde un giro materialista a partir de la filosofía desarrollada por Theodor W. Adorno. El concepto de totalidad cambiaría su significado y función a partir de la crítica materialista, pasando de la idea de un todo determinado y definitivo, a un criterio epistemológico y normativo para oponerse con efectividad a la imposición de una totalidad social.
A política de identidade e o conceito de reconhecimento têm se transformado em questões dominantes da teoria política contemporânea. Como conceito, o reconhecimento significa que um indivíduo ou grupo social reivindica o direito a ter sua identidade reconhecida, de forma direta ou através da mediação de um conjunto de instituições. As teorias que tem problematizado estas questões abordam tanto temas teóricos importantes como questões políticas centrais do nosso tempo, como a definição de direitos das minorias, reivindicações de autodeterminação nacional ou os desafios colocados por nossas sociedades cada dia mais multiculturais. Dessa forma, o objetivo central do presente artigo é apresentar e discutir os argumentos centrais de Charles Taylor, Axel Honneth e Nancy Fraser que têm se transformando em essenciais para esta discussão, enfatizando o debate em torno da relação entre reconhecimento e redistribuição, e mais especificamente entre o problema da injustiça baseada na questão da identidade e o problema da injustiça econômica. Por último, tentaremos entender algumas das implicações teóricas e políticas do discurso da diferença e das teorias do reconhecimento dentro de uma perspectiva conceptual mais ampla.
O reconhecimento é um conceito normativo. Ao reconhecermos alguém como portador de determinadas características ou capacidades, reconhecemos seu status normativo e estamos assumindo responsabilidade por tratar este alguém de determinada forma. O não reconhecimento, neste caso, pode significar privação de direitos e marginalização; em uma democracia pode impossibilitar indivíduos ou grupos de desfrutar o ideal igualitário democrático, por exemplo. Nas últimas três décadas, a reflexão sobre esta categoria se aprofundou e assumiu maior importância no debate entre liberalismo e comunitarismo em paralelo às demandas, por vezes pelas conquistas, de grupos e minorias (LGBTQIA, portadores de necessidades especiais, feministas, indígenas, étnicos, etc.) que se sentem não reconhecidos e se engajam em movimentos políticos através de lutas por reconhecimento. Retomaremos, aqui, o desenvolvimento do conceito de “eticidade” empreendido por Axel Honneth em Luta por reconhecimento (1992), obra fundamental para a reflexão sobre o tema. O autor situa sua teoria no meio termo entre a moral kantiana e as éticas comunitaristas: sua concepção é formal por entender que normas universais são condições de algumas possibilidades, mas é substantiva por se orientar pelo fim da autorrealização humana.
O presente estudo tem como objetivo investigar a ideia de reconhecimento jurídico na teoria de Axel Honneth, o que se dará mediante análise da obra Luta por Reconhecimento. Honneth, ancorado nas teorias de Hegel e Mead, estabelece o papel do direito como esfera de reconhecimento individual e seu potencial de asseguramento do autorrespeito. Empreende-se uma reconstrução da teoria honnethiana no atinente aos papéis desempenhados pelo direito na teoria da Luta por Reconhecimento de Axel Honneth, para em seguida, a partir da leitura que o autor desenvolve da teoria de Thomas Marshall, analisar o papel desempenhado pelos direitos subjetivos fundamentais como medium de sedimentação e ampliação de novas formas de reconhecimento e cidadania.
Intersubjetividade e ontologia social nas revisões da teoria do reconhecimento de Axel Honneth
(2017)
O artigo sintetiza as revisões que Axel Honneth impôs a sua obra após a recepção crítica de Luta por reconhecimento (1992), propondo compreendê-las como passos intermediários em direção ao novo modelo crítico apresentado em O direito da liberdade (2011), chamado por Honneth de reconstrução normativa. O objetivo não é examinar as determinações de método da reconstrução normativa, mas percorrer o caminho intelectual de Honneth entre suas duas obras principais, explicitando as revisões e os novos pressupostos da obra “madura” do autor. Essas revisões, concentradas ao redor de uma compreensão considerada por Honneth como mais adequada da intersubjetividade e da ontologia social, escoram e justificam as decisões de método do último livro. Desde o início de sua elaboração teórica, Honneth teve de lidar com a objeção de cometer sistematicamente uma falácia naturalista ao buscar o fulcro de uma teoria crítica da sociedade na experiência concreta do sofrimento. Mesmo Luta por reconhecimento ainda esteve justificadamente sujeito à mesma crítica, como Honneth viria a admitir. Argumento que o objetivo das revisões levadas a cabo na década de 2000 foi sanar essa lacuna, encontrando, por um lado, um índice de racionalidade interno ao próprio ato de reconhecimento, e, por outro, um índice de racionalidade presente nas normas e práticas sociais sedimentadas historicamente por relações de reconhecimento.
Trata de uma investigação teórica que problematiza os contornos de uma pedagogia crítica na atualidade. Adota a perspectiva do filósofo Axel Honneth como fio condutor da análise, especificamente os textos em que ele discute as características contemporâneas de uma teoria adjetivada de crítica. Após descrever seu posicionamento, extrai alguns sentidos para o empreendimento crítico no âmbito de uma pedagogia da educação física.
No presente artigo analisamos a ideia de solidariedade na teoria da justiça de Axel Honneth. Honneth em sua obra atualiza a teoria hegeliana da eticidade e concebe a existência de esferas de liberdade, sendo que uma delas é a liberdade social, na qual se situam relações pessoais, mercado e instituições políticas. Em O Direito da Liberdade Honneth desenvolve uma teoria em que busca analisar os problemas de desenvolvimento da democracia nas sociedades contemporâneas, e erige a solidariedade como um dos pressupostos normativos para a construção de uma democracia virtuosa, ancorada na participação cidadã.
Objective: to systematize the strengths and challenges of Axel Honneth’s Theory of Recognition, and to reflect on these as support for research in health care. Method: this is a reflection article which considers the potential of incorporating the category of recognition in the Honnethian proposition for research, understanding, exercising of practice and management of health care. Results: the process of recognition promotes the exploration and understanding of relations of power and respect, above all in terms of conflict which are ascribed to these. As a result, it indicates support for diagnoses and structuring nuclei for overcoming oppressive and unequal practices, with consequences for dealing with situations of insecurity, weaknesses in self-esteem and vulnerabilities in the interactions between the subjects, which are configured as contemporary challenges. Conclusion: in the scientific exploration of care, management and public policies in health, this theoretical framework can assist in the visibility of the context and in its critical knots, in order to promote autonomy and human dignity, which are relevant for the interpersonal relations in the processes of care, with fruitful contributions to the qualification of the health care.
Objetivo: sistematizar as potencialidades e desafios da Teoria do Reconhecimento, de Axel Honneth, e refletir sobre eles como subsídio às pesquisas em saúde.
Método: trata-se de artigo de reflexão que toma o potencial da incorporação da categoria reconhecimento na propositura honnethiana para pesquisa, compreensão, exercício e gestão do cuidado em saúde.
Resultados: o processo de reconhecimento favorece a exploração e a compreensão das relações de poder e respeito, sobretudo em termos do conflito a elas circunscrito. Dessa forma, indica subsídios para diagnósticos e núcleos estruturantes para a superação de práticas opressivas e desiguais, com desdobramentos para lidar com situações de insegurança, fragilidades na autoestima e vulnerabilidades nas interações entre os sujeitos, que configuram desafios contemporâneos.
Conclusão: na exploração científica do cuidado, gestão e políticas públicas em saúde, este referencial teórico pode auxiliar na visibilidade do contexto e seus nós críticos, para favorecer a autonomia e a dignidade humana, relevantes para as relações interpessoais nos processos de cuidado, com contribuições profícuas à qualificação da atenção à saúde.
From reciprocal recognition to a society that is properly 'social' : on Axel Honneth's recent work
(2017)
This paper addresses Axel Honneth's recent endeavors to defend his theory of justice, broadly described in Freedom's right (2011) as an analysis of society. The paper begins by exposing Honneth's model as a theory of institutional intersubjectivity rather than a theory of the struggle for recognition. This model, however, was subject to criticism due to its supposed acceptance of the capitalistic market economy as a social order. In order to defend it from such objections, Honneth (2016) exposes the normative core of socialist ideals as a version of social freedom. Finally, he presents a distinction between two forms of political intervention: an internal and an external struggle for recognition – and asserts the advantages of the former.
Este artigo apresenta uma discussão sobre a obra recente de Axel Honneth. Começando por uma exposição de seu projeto teórico mais amplo, descrito em O direito da liberdade (2011) como uma teoria da justiça sociologicamente ancorada, o artigo demonstra como Honneth se move da ideia de uma luta por reconhecimento em direção à ideia de intersubjetividade institucional. Este movimento, porém, é acompanhado por críticas que vêm nesta passagem o abandono das ambições críticas de seu modelo e um compromisso reformista com a ordem capitalista de mercado. A fim de responder a estas objeções, Honneth propõe uma reatualização da ideia do socialismo (2015) a partir da noção de liberdade social, concluindo com uma distinção entre duas formas de luta por reconhecimento, uma interna e outra externa – e defendendo as vantagens da primeira.
O ensaio traz como base a crítica ao capitalismo, no que se refere aos efeitos negativos que ele impõe aos indivíduos, a partir dos estudos da primeira geração da Escola de Frankfurt. Analisar-se-á a história das ideias a partir de Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Max Horkheimer. Benjamin afirma que vive-se a perda da aura das obras de arte, já que a sua comercialização faz com que se perca a essência daquelas obras. Ademais, a imposição da novidade às obras e aos produtos consumidos representa uma ferramenta de manipulação do capitalismo, culminando na pobreza da experiência humana. Marcuse afirma que a sociedade vive o princípio do desempenho, que provoca modos de vida uniformizados, baseados numa concepção de trabalho e diversão homogêneos. Adorno propôs que o tempo livre provocava uma sensação de liberdade nos indivíduos, mas, na realidade, tratava-se do exercício de uma não liberdade, já que as formas de diversão seguiam à risca os padrões exigidos pelo capital. A partir do método adotado pela própria Teoria Crítica, afirma-se que a presente discussão teórica só se torna efetiva quando aplicada à prática, à sociedade atual.
Anxiety and politics
(2017)
The English version of this article was first published in 1957. The journal tripleC: Communication, Capitalism & Critique republished it 60 years later in 2017. In this essay, Franz L. Neumann discusses the role of anxiety in politics. The article asks: How does it happen that the masses sell their souls to leaders and follow them blindly? On what does the power of attraction of leaders over masses rest? What are the historical situations in which this identification of leader and masses is successful, and what view of history do the men have who accept leaders? For answering these questions, the author suggests a combination of political economy, Freudian political psychology, and ideology critique. He sees anxiety in the context of alienation. Alienation is analysed as a multidimensional phenomenon consisting of economic, political, social and psychological alienation. Neumann introduces the notions of Caesaristic identification, institutionalised anxiety and persecutory anxiety. The essay shows that fascism remains an actual threat in capitalist societies.
This paper analyses economic power, state power and ideological power in the age of Donald Trump with the help of critical theory. It applies the critical theory approaches of thinkers such as Franz Neumann, Theodor W. Adorno and Erich Fromm. It analyses changes of US capitalism that have together with political anxiety and demagoguery brought about the rise of Donald Trump. This article draws attention to the importance of state theory for understanding Trump and the changes of politics that his rule may bring about. It is in this context important to see the complexity of the state, including the dynamic relationship between the state and the economy, the state and citizens, intra-state relations, inter-state relations, semiotic representations of and by the state, and ideology. Trumpism and its potential impacts are theorised along these dimensions. The ideology of Trump (Trumpology) has played an important role not just in his business and brand strategies, but also in his political rise. The (pseudo-)critical mainstream media have helped making Trump and Trumpology by providing platforms for populist spectacles that sell as news and attract audiences. By Trump making news in the media, the media make Trump. An empirical analysis of Trump’s rhetoric and the elimination discourses in his NBC show The Apprentice underpins the analysis of Trumpology. The combination of Trump’s actual power and Trump as spectacle, showman and brand makes his government’s concrete policies fairly unpredictable. An important question that arises is what social scientists’ role should be in the conjuncture that the world is experiencing.
Die Straße als Transit- und Abstellraum für Automobile ist kein Naturgesetz. Mit Michel de Certeau lässt sie sich als historisches Produkt einer Strategie verstehen, die sich in einem immerwährenden Konflikt durchsetzt. Ziel dieses Beitrags ist es, die Straße als Ort des Automobils zu denaturalisieren, um das konflikthafte Spannungsverhältnis zwischen den als rezessiv antizipierten Bewegungen des Zufußgehens und jenen dominanten automobilen Bewegungen sichtbar zu machen. Mithilfe einer interventionistischen Flächenprojektion von Fußwegen – einem selbstgemalten Zebrastreifen aus Kreide – wird anhand eines Fallbeispiels aus Frankfurt am Main aufgezeigt, wie sich die alltäglich konflikthafte Aushandlung von Straßenräumen durch Planung materialisieren und somit in die Konzeption von Straße integrieren lässt.
Advances in information and communication technologies enable more decentralized and individualized mechanisms for coordination and for managing societal complexity. This has important consequences for the role of conditionality and the idea of individual responsibility in two seemingly unrelated policy areas. First, the changing information infrastructure enables an extension of conditionality in the area of welfare through greater activation, enhanced self-management, and a personalization of risks. Second, conditionality and personal responsibility also form an important ideational template and a legitimatory basis for facilitating value creation that is based on data as a raw material. This argument is illustrated looking at the trajectories of the digital strategies in the United Kingdom and Germany. In both cases, data protection is depicted as a question of individual responsibility and tied to certain forms of individual conduct.
Gestern Abend lief die sehenswerte TV-Dokumentation "Nervöse Republik – Ein Jahr Deutschland" von Stephan Lamby in der ARD. Der Journalist hat bekannte Politiker wie Sarah Wagenknecht, Peter Tauber, Heiko Maas, Frauke Petry und Katarina Barley ein Jahr lang begleitet und sie zu der veränderten politischen und gesellschaftlichen Stimmung interviewt. ...
Keine Macht für Niemand : gegen die Ehe: Luise Mühlbach, Louise Dittmar, Louise Aston, Wilhelm Marr
(2017)
Theoretisch-utopische Entwürfe der Frühen Neuzeit und der Aufklärung haben fast automatisch nur männliche Akteure im Blick. Wenn Frauen dennoch auftauchen, dann allenfalls als Gebärerinnen, Haushaltsverantwortliche oder Erzieherinnen. Und auch für 'anarchoide' Entwürfe des 18. Jahrhunderts - gleich ob theoretisch-utopische oder literarische - gilt: Es waren fast ausschließlich solche von Männern für Männer. Diese Sichtverengung änderte sich erst im Verlauf des 19. Jahrhunderts, d.h. mit dem Eintritt von Frauen als Autorinnen in soziale und politische Diskurse. Denn Frauen - unter einer Mehrfachherrschaft: unter dem gleichen sozialen, ökonomischen und politischen Druck wie Männer, aber zusätzlich noch unter dem Druck eben der Männer - hatten ihre Anliegen selbst in die Hand zu nehmen, und sie nahmen sie in die Hand. Und es zeigt sich: Nicht wenige der Emanzipationsdiskurse, die bislang als demokratisch angesehen wurden und werden, waren mitnichten 'nur' demokratisch. Denn sie waren nicht selten anarchistisch oder 'anarchoid'. Das verdeutlichen zum Beispiel auch die Debatten um den Status von 'Ehe'.
Der Anarchismus stellt eine Form des Gefühls der Grenzenlosigkeit dar. Ob der politische Anarchismus auf dieser affektiven Basis entsteht oder einen anderen Ursprung hat, sei zunächst dahingestellt. Wie ist es aber möglich, dass sich dieses Gefühl immer wieder entwickelt, ohne sein Ziel - die Grenzenlosigkeit - je erreichen zu können? Um diese Frage zu beantworten, möchte ich an der Wurzel dieses Gefühls ansetzen. Oft gründet das Gefühl überbordender Freiheit im Gefühl des Behütetseins bzw. des Schutzes, in dem man nur allmählich zum Wunsch der Überschreitung kommt, weil die Grenzen nicht fühlbar waren, innerhalb derer sich das Kind in seiner familiären Tätigkeitssphäre noch unbewusst bewegte. Gerade die Abwesenheit eines Kanons von Verhaltensregeln ermöglichte es dem Kind, den Fallen und Inklinationen transgenerationaler Verhaltensanweisungen gegenüber noch frei zu bleiben. In dieser Grenzferne des Kindes - sowie auch im Zustand der Resignation mancher Erwachsenen, die ihr Ziel nicht erreichen konnten und aufgeben mussten - kann das gedeihen, was jene "Lehre von der Freiheit als Grundlage der menschlichen Gesellschaft" erahnen lässt, die Erich Mühsams sozialistischer Prägung als sittlicher Zustand und geistige Welt gegolten hatte. Gesetzesferne bedeutet aber noch keine intendierte Gesetzlosigkeit.
Aus der Gesetzesferne trifft das Kind vielmehr allmählich auf die Regularien, die diese Gesetzesferne durch soziale Entitäten ablösen wollen. Die Grenzferne des Kindes hatte aber bereits tiefergreifend seine Handlungsauffassung geprägt. Im Folgenden möchte ich die These entwickeln, nach der ein Element des Anarchismus eine schon früh ansetzende Gefühlsform ist.
Scholars are coming to terms with the fact that something is rotten in the new democracies of Central Europe. The corrosion has multiple symptoms: declining trust in democratic institutions, emboldened uncivil society, the rise of oligarchs and populists as political leaders, assaults on an independent judiciary, the colonization of public administration by political proxies, increased political control over media, civic apathy, nationalistic contestation and Russian meddling. These processes signal that the liberal-democratic project in the so-called Visegrad Four (the Czech Republic, Hungary, Poland and Slovakia) has been either stalled, diverted or reversed. This article investigates the “illiberal turn” in the Visegrad Four (V4) countries. It develops an analytical distinction between illiberal “turns” and “swerves”, with the former representing more permanent political changes, and offers evidence that Hungary is the only country in the V4 at the brink of a decisive illiberal turn.
Este texto busca caracterizar a imagem de pensamento (Denkbild) como um gênero particular de composição que mistura filosofia e literatura, conceito e imagem. O argumento central é o de que, devido às suas peculiaridades formais, a imagem de pensamento possui tanto um forte teor intersubjetivo, quanto a capacidade como de fazer surgir o não-idêntico em experiências cotidianas. Desse combinação surge um tipo de escrita prática, que merece ser recuperada no presente.
Der Beitrag analysiert Ungleichheitseffekte des 2007 eingeführten Elterngelds. Wir zeigen, dass die familienpolitische Einführung der Ressource Elterngeld die Einkommensungleichheiten der Produktions- bzw. Erwerbssphäre auf die Reproduktions- bzw. Familiensphäre übertragen hat. Das Elterngeld trägt damit aber zumindest bislang nicht (wie angedacht) zur Aufhebung der asymmetrischen Aufteilung von (entlohnter) Erwerbsarbeit und (nicht-entlohnter) Sorgearbeit zwischen Elternteilen bei. Stattdessen verdeutlicht unsere räumlich orientierte Untersuchung des Elterngeldbezugs ungleiche Muster in den Bewältigungsmöglichkeiten kinderbezogener Sorgearbeiten. Die an der ungleichen Geographie des Elterngelds deutlich werdende Ausdifferenzierung von Bearbeitungschancen von Elternschaft interpretieren wir als Ausdruck von sozialen Spaltungstendenzen auf dem Gebiet der Reproduktion, die von der familienpolitischen Einführung des Elterngelds forciert worden sind.
Ebenso wie Pierre Bourdieu ist sein Schüler Loïc Wacquant einer der selten gewordenen Intellektuellen, die ihre Profession, die Soziologie, nutzen um soziale Ungleichheiten und gesellschaftliche Machtverhältnisse nicht nur zu analysieren, sondern auch versuchen, damit auf öffentliche Debatten zu einzuwirken. Daher ist Wacquants Aufsatz nicht nur als eine interessante Diskussion der Frage, ob Bourdieus Werk in der Stadtsoziologie angemessen und korrekt verwendet werde, zu verstehen. Der in dem Text formulierte Appell, Bourdieus Arbeit auch innerhalb der Stadtsoziologie stärker anzuwenden, ist – vor dem Hintergrund zunehmender sozialer Ungleichheit, Armut, Marginalisierung und einem Aufschwung des Rechtspopulismus – eine Forderung nach einer soziologischen Betrachtung dieser Probleme in der Stadt. Was kann nun also das Werk von Pierre Bourdieu zur Analyse der heutigen sozialen Probleme in der Stadt in Deutschland beitragen?
Online reading behavior can be regarded as a "new" form of cultural capital in today’s digital world. However, it is unclear whether "traditional" mechanisms of cultural and social reproduction are also found in this domain, and whether they manifest uniformly across countries at different stages of development. This article analyzes whether the early home literacy environment has an impact on informational online reading behavior among adolescents and whether this association varies between countries with different levels of digitalization and educational expansion. Data from the 2009 Programme for International Student Assessment (PISA) were used for the empirical analyses. The results of regression models with country-fixed effects indicate a positive association between literacy activities in early childhood and informational online reading at age 15. This association was quite stable across countries. These findings are discussed in light of cultural and social reproduction theory and digital divide research.
Auf Grundlage einer interviewbasierten Studie zu heterosexuellen Paaren, in denen die Frau das Haupteinkommen verdient, beschäftigt sich der Beitrag mit milieuspezifischen Bewältigungsmustern prekärer Beschäftigungsverhältnisse. Vor dem Hintergrund der Erosion des Ernährermodells werden dabei Transformationen von Männlichkeit in den Blick genommen. Es wird die These entwickelt, dass sich mit dem Selbstverständnis als "Künstler" im hochqualifizierten individualisierten Milieu des urbanen Raums ein spezifisches Bewältigungsmuster von Prekarität herausgebildet hat.
The concept of sound iconicity implies that phonemes are intrinsically associated with non-acoustic phenomena, such as emotional expression, object size or shape, or other perceptual features. In this respect, sound iconicity is related to other forms of cross-modal associations in which stimuli from different sensory modalities are associated with each other due to the implicitly perceived correspondence of their primal features. One prominent example is the association between vowels, categorized according to their place of articulation, and size, with back vowels being associated with bigness and front vowels with smallness. However, to date the relative influence of perceptual and conceptual cognitive processing on this association is not clear. To bridge this gap, three experiments were conducted in which associations between nonsense words and pictures of animals or emotional body postures were tested. In these experiments participants had to infer the relation between visual stimuli and the notion of size from the content of the pictures, while directly perceivable features did not support–or even contradicted–the predicted association. Results show that implicit associations between articulatory-acoustic characteristics of phonemes and pictures are mainly influenced by semantic features, i.e., the content of a picture, whereas the influence of perceivable features, i.e., size or shape, is overridden. This suggests that abstract semantic concepts can function as an interface between different sensory modalities, facilitating cross-modal associations.
This article reports the results of a replication of Bobbitt-Zeher’s 2007 article "The Gender Income Gap and the Role of Education". Models that emulate the original specifications (by and large) reproduce the original results. However, models that adhere to Bobbitt-Zeher’s theory concerning the gendered effect of family formation call into question her finding that "values appear to matter only modestly, while family formation has virtually no effect on the income gap".
There is a consensus that transnational soft governance has unleashed the forces of change in higher education. However, individual national HE systems are still anchored in country-specific regulatory regimes, which reflect national-historical, institutional, and cultural developments. Against this background, three crucial questions guide our study: How does the state react to transnational pressures for change? How is transnationally inspired policy change ‘digested’ by the preexisting country-specific governance structures? And to what extent have national HE systems converged on a common governance model? To address these questions, we conduct a multilevel comparative analysis of developments in Germany, France, and Italy. We first break down the concept of higher education governance into sub-dimensions and derive concrete policy indicators for three historically embedded governance ideal types. Drawing on historical institutionalism and institutional isomorphism, we explore how historical legacies and transnational communication have impacted policy pathways over the past 30 years. We graphically illustrate the policy trajectories using our ‘governance triangles’, which encompass the balance of power between multiple actors, including the state and universities, university management and the academic profession, and external stakeholders.
his articles discusses and contextualises tripleC's republication of Franz L. Neumann's essay Anxiety and Politics. It provides some background information on Neumann's life and works. The essay ascertains that in the age of new nationalisms, rising right-wing authoritarianism and authoritarian capitalism, Franz L Neumann's works can help us to critically understand contemporary society.
Background: Kyrgyzstan, where HIV is concentrated in prisons and driven by injection drug use, provides a prison-based methadone maintenance therapy program as well as abstinence-oriented therapeutic community based on the 12-step model called the “Clean Zone.” We aimed to qualitatively assess how prisoners navigate between these treatment options to understand the persistence of the Clean Zone despite a lack of evidence to support its effectiveness in treating opioid use disorders.
Methods: We conducted an analysis of policy documents and over 60 h of participant observation in February 2016, which included focus groups with a convenience sample of 20 therapeutic community staff members, 110 prisoners across three male and one female prisons, and qualitative interviews with two former Clean Zone participants. Field notes containing verbatim quotes from participants were analyzed through iterative reading and discussion to understand how participants generally perceive the program, barriers to entry and retention, and implications for future treatment within prisons.
Results: Our analyses discerned three themes: pride in the mission of the Clean Zone, idealism regarding addiction treatment outcomes against all odds, and the demonization of methadone.
Conclusion: Despite low enrollment and lack of an evidence base, the therapeutic community is buttressed by the strong support of the prison administration and its clients as an “ordered” alternative to what is seen as chaotic life outside of the Clean Zone. The lack of services for Clean Zone patients after release likely contributes to high rates of relapse to drug use. The Clean Zone would benefit from integration of stabilized methadone patients combined with a post-release program.
Este trabalho pretende fazer uma síntese da inserção de Axel Honneth no quadro das teorias da justiça. Para isso, se apresenta o debate entre comunitaristas e liberais, juntamente ao procedimentalismo contemporâneo, e as críticas de Honneth a essas posições. Assim o trabalho apresenta o esboço teórico de justiça como reconhecimento em Honneth, realizado com base no conceito de eticidade formal e no método da reconstrução normativa.