Refine
Document Type
- Article (4)
Language
- Portuguese (3)
- English (1)
Has Fulltext
- yes (4)
Is part of the Bibliography
- no (4)
Keywords
- Justice (4) (remove)
Institute
- Gesellschaftswissenschaften (4) (remove)
O presente estudo visa mostrar como Honneth repensa os conceitos de justiça e autonomia a partir de sua teoria das condições intersubjetivas de reconhecimento. Sua tese afirma que só é possível um aumento na autonomia pessoal através do progresso moral nas estruturas sociais de reconhecimento. Veremos que a proposta de Honneth, apesar de inovadora, traz alguns problemas para sua aplicação na esfera política; mesmo assim, é uma proposta forte e indaga-nos especialmente sobre a forma como nossa autonomia é construída socialmente.
This paper argues that it is necessary to focus on gender rather than exclusively on women in discussions on global poverty eradication. It argues firstly, that the drivers of poverty are complex and multifaceted leading to a least two different forms of deprivation – transitory and structural poverty – each requiring different forms of analysis and treatment. Transitory poverty can arise as a consequence of an event or shock that would diminish an individual’s capacity to retain or secure employment and where a State lacks an appropriate form of social protection. Structural poverty, on the other hand, arises where groups are excluded from the workforce on a more permanent basis due to a wide variety of factors of discrimination such as sex, race, ethnicity, and age. Focusing on the sex of an individual alone cannot explain why some are more likely to experience different forms of poverty than others. Policies that protect women against transitory poverty, such as care related allowances, are not sufficient to eradicate structural poverty. Secondly, structural poverty prompts an examination of gender roles and relations. Unlike the category of ‘women’, the concept of gender demands consideration of a wider range of intersecting factors that influence life chances. The structure of contemporary gender relations, where women continue to experience higher levels of violence, and carry the greatest burden of responsibility for non-market based production activities, create the social conditions where domination and dependence thrive, and where persistently high rates of poverty seem inevitable. Such circumstances are generated by human agency. Thus, thirdly, it argues that these circumstances can and should be changed through human action. Knowledge of these circumstances gives rise to moral obligations for both men and women to avoid upholding values and practices that lead to domination and dependence as a matter of basic justice.
Axel Honneth desenvolve o conceito de reconhecimento, encarado como uma necessidade fundamental do ser-humano, de forma a constituir-se no núcleo de uma teoria da justiça que procura especificar as condições intersubjetivas de autorrealização individual. Apresenta-se uma teoria da justiça assente na reconstrução das práticas e condições de reconhecimento já institucionalizadas, analisando as instituições sociais em um sentido amplo. Pretende-se aproximar a concepção normativa da justiça da análise sociológica das sociedades modernas, através da reconstrução normativa e ao colocar a ênfase na liberdade social, baseada na dimensão intersubjetiva das instituições de reconhecimento. A liberdade social prevê o acesso às instituições de reconhecimento. Um dos objetivos é esboçar os problemas desse avanço interpretativo da teoria crítica do reconhecimento, pelo que iremos convocar a teoria da luta pelo reconhecimento de Honneth, incluir a sua reactualização mais recente do Direito de Hegel e explorar a sua proposta normativa para as condições de uma vida ética.
Este texto tem como propósito analisar a construção crítica teórica de Axel Honneth das instituições sociais como efetivação da liberdade social que oferece condições para a autorrealização e a justiça. O método do trabalho consiste em se realizar a leitura interna do desenvolvimento na obra do autor à luz de sua consonância com a teoria crítica. Como conclusão discute-se em que medida o progresso moral dessas instituições se relaciona com a efetivação de seu princípio interno, de forma imanente, ou de uma pressão externa normativa da igualdade a partir do direito e da democracia.