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Falar sobre as relações que se estabelecem entre o estrangeiro e a sociedade que oferece asilo, as que possuem o poder da hospitalidade, parece urgente. Principalmente quando pensamos nas crescentes ondas migratórias que têm levado muitos emigrantes e refugiados para países emergentes, tais como Brasil, na América do sul, e Alemanha, na Europa. No entanto, sempre abordamos a temática, ou sempre que a temática é abordada, observamos um padrão: falar sobre o tema a partir da perspectiva do portador da linguagem de direito excluindo do debate a visão do principal agente das ações migratórias; o estrangeiro. O presente artigo surge como uma tentativa de análise e caracterização desse sujeito estranho a partir da teoria de Jacques Derrida (2003), que afirma ser essa entidade, e somente ela, a portadora da questão dos valores agregados nas relações que se estabelecem entre estranho e sociedade. Além disso, segundo Jean-Luc Nancy (2006), experimentar a chegada do estrangeiro é apreciar uma série de mudanças nos nossos comportamentos morais, e por isso tão importante que esta entidade deixa de ser o tema e passa a ser o foco. Para que tal análise fosse realizada, tomamos como objeto de leitura a novela escrita por Thomas Mann (1971), intitulado "Tonio Kröger" (1902). O enredo da obra e a própria construção do personagem Tonio nos proporciona uma visão interessante da problemática que é a do sujeito, que apesar de pertencer e estar inserido no contexto social que invade, questiona as convenções morais vigentes a partir da sua própria constituição de estranho, e por isso, é constantemente classificando como um estrangeiro social. A partir disso, buscamos traçar caracterizações identificadas no personagem com o intuito de responder as seguintes perguntas: quem é esse estrangeiro? E o que faz dele um estrangeiro? Chegando então a tripla caracterização deste indivíduo social, do estranho que em mim habita.
Este artigo pretende compreender como, para Thomas Mann, a arte é uma forma da moral, e não um instrumento moral. Esta afirmação adquire sentido a partir de seu contexto específico, isto é, a partir do diálogo tenso entre Thomas Mann e seu irmão, Heinrich Mann. Explorando uma possibilidade de análise não feita no estudo de Helmut Koopmann sobre os dois irmãos, pretende-se, neste artigo, comparar "O anjo azul" com "A Morte em Veneza", uma vez que ambas as obras, sendo a primeira uma sátira e a segunda, uma tragédia, têm no problema da forma um elemento central de seu argumento. Neste sentido, a caracterização de Aschenbach como "herói da fraqueza" se distinguirá da caracterização de Unrat como "tirano" a partir da estrutura temporal subjacente à caracterização de ambos os personagens.
Wie können musikalische Emotionen durch die literarische Beschreibung einer fiktiven Musik mobilisiert werden? Man kann vermuten, dass ein Text, der eine existierende Musik beschreibt, versucht, auch etwas über die Emotionen, die sie hervorruft, zu sagen. Wenn er jedoch durch seine eigenen verbalen Mittel Musik erfindet, die niemand je hören kann, dann müssen die mit ihr verknüpften Emotionen, als für den Autor essenziell betrachtet werden. Dies ist die Frage, die wir uns hier stellen, basierend auf einem Vergleich zwischen den imaginären Musikstücken von Vinteuil bei Marcel Proust und von Adrian Leverkühn bei Thomas Mann. In beiden Fällen wird die Musik als analoges Modell verwendet, das dem Autor erlaubt, die Emotionen, die sie mit einer besonderen Klarheit verkörpert, auch durch sie anzusprechen. So bietet die Musik in der proustschen Ästhetik, die immer noch von der romantisch musikalischen Metaphysik durchdrungen ist, eine intime Verbindung zum Gedächtnis. In einem völlig anderen Sinne macht die modernistische Ästhetik, die von Thomas Mann in seinem "Doktor Faustus" hervorgehoben wurde, aus der Musik das Mittel mit einer erschreckenden Auflösungskraft. Symbolik oder Diabolik, so oder so betrachtet, die Musik einigt oder löst, repariert oder trennt - aber in beiden Fällen verdichtet sie den Ausdruck von Lebenskräften.