Refine
Document Type
- Article (2)
Language
- English (1)
- Portuguese (1)
Has Fulltext
- yes (2)
Is part of the Bibliography
- no (2)
Keywords
- Citizenship (2) (remove)
Institute
- Gesellschaftswissenschaften (2) (remove)
O texto discute a relação entre a educação e a organização democrática do governo republicano. Para o autor, pelo menos desde Kant os teóricos clássicos da filosofia política estavam convencidos de que uma boa educação e uma ordem estatal republicana dependem uma da outra: formar cidadãos para a liberdade para que, como cidadãos autônomos institucionalizem uma educação pública que possibilite a seus filhos o caminho para a maioridade política. Mas ele constata hoje um divórcio entre as gêmeas teorias da democracia e da educação. Razões que podem ter levado a essa cisão ele localiza na combinação, por afinidades eletivas, entre uma concepção truncada de democracia, que dependeria de comunidades tradicionais e mesmo religiosas para reproduzir suas bases ético-culturais, e uma falsa concepção normativa de neutralidade do estado, que culmina concebendo os professores não mais como servidores públicos a serviço do estado democrático de direito, mas como servidores dos pais. Em contraposição ao desacoplamento entre a formação do cidadão autônomo e do governo autônomo dos cidadãos, entre pedagogia e teoria política, ele reconstrói, a partir dos clássicos da teoria social, a concepção sobre um nexo fundamental entre educação e liberdade política, entre formação e democracia. Longe de advogar por uma volta à escola tradicional, o autor chama a atenção para dois grandes desafios que juntas, pedagogia e teoria democrática precisam enfrentar: o impacto da revolução digital sobre a esfera pública e a crescente heterogeneidade cultural dos cidadãos, em especial nas democracias ocidentais, para que a educação torne a ser o lugar do aprendizado da cultura democrática.
Let me start with a reminiscence: a few weeks ago, I was sitting in one of my preferred cafés in Paris, le Café Odéon- Théâtre de l’Europe, a vivid place near the Jardin de Luxembourg in the heart of the university quarter. I realised that the waiter was wearing a shirt with the letters "Defend Paris", which he explained to be a statement against the forces that make Paris an uneasy place to live, a defiance against the powerful and social injustice. With a mixture of rebellion and idealism, he added that he understands himself as part of a "Reclaim Your City" Movement, thus representing what is central for urban citizenship today: a republican defence against forces that make a metropolitan city a trademark to be sold to people who can afford it, but increasingly less a home for ordinary people who want to live in the city. Walking through the streets, passing a small jewelry shop, a place of distinguished understatement showing a picture of Meghan Markle wearing "rose"-earrings displayed in the window, the term "zombie urbanism" came to my mind – a term used by Jonny Aspen, professor at the Institute of Urbanism and Landscape in Oslo (See Bjerkeset and Aspen (forthcoming 2020) and here), to describe a cliché-like way of dealing with urban environment by developers and designers – a "staged urbanism", in which urban features are used as a means for selling, marketing and branding. This kind of city-marketing can prove quite successful: whereas the burning of Notre Dame mobilised hundreds of millions of donations within a short period of time, the burning of the National Museum in Rio de Janeiro soon after, extinguishing 200 years of documentation of cultural memory, mobilised only 225.000 Euros (state 1.4.2019). ...