Refine
Year of publication
Language
- Portuguese (205) (remove)
Has Fulltext
- yes (205)
Is part of the Bibliography
- no (205)
Keywords
- Adorno (26)
- Reconhecimento (24)
- Recognition (21)
- Teoria Crítica (18)
- Critical Theory (17)
- Axel Honneth (16)
- Theodor W. Adorno (14)
- Critical theory (13)
- Teoria crítica (13)
- teoria crítica (12)
- Education (10)
- critical theory (10)
- Educação (9)
- Theodor Adorno (8)
- Escola de Frankfurt (7)
- Indústria cultural (7)
- recognition (7)
- Crítica (6)
- Dialética negativa (6)
- Frankfurt School (6)
- Habermas (6)
- Jürgen Habermas (6)
- Normative reconstruction (6)
- reconhecimento (6)
- Cultura (5)
- Dialética (5)
- Estética (5)
- Honneth (5)
- Indústria Cultural (5)
- Liberdade (5)
- Reconstrução normativa (5)
- Ética (5)
- Culture (4)
- Culture industry (4)
- Dialectic (4)
- Ethics (4)
- Reification (4)
- Semiformação (4)
- Social freedom (4)
- Aesthetics (3)
- Art (3)
- Arte (3)
- Capitalism (3)
- Capitalismo (3)
- Democracia (3)
- Democracy (3)
- Emancipation (3)
- Emancipação (3)
- Formação (3)
- Freedom (3)
- Identidade (3)
- Intersubjectivity (3)
- Intersubjetividade (3)
- Justice (3)
- Justiça (3)
- Liberdade social (3)
- Modernidade (3)
- Modernity (3)
- Redistribuição (3)
- Reificação (3)
- Semiformation (3)
- Teoria do Reconhecimento (3)
- Teoria do reconhecimento (3)
- Theory of recognition (3)
- Trabalho (3)
- indústria cultural (3)
- reification (3)
- reificação (3)
- Aesthetic theory (2)
- Anthropology (2)
- Antropologia (2)
- Autonomy (2)
- Ação comunicativa (2)
- Cidadania (2)
- Communicative Action (2)
- Communicative action (2)
- Cultural Industry (2)
- Culture Industry (2)
- Desrespeito (2)
- Disrespect (2)
- Esclarecimento (2)
- Escuela de Frankfurt (2)
- Esfera pública (2)
- Estudios organizacionales (2)
- Filosofia (2)
- Filosofia moral (2)
- Formation (2)
- Hegel (2)
- Identity (2)
- Immanuel Kant (2)
- Instituições sociais (2)
- Integração social (2)
- Investigación (2)
- Language (2)
- Liberty (2)
- Linguagem (2)
- Materialism (2)
- Materialismo (2)
- Max Horkheimer (2)
- Mediation (2)
- Mediação (2)
- Mimesis (2)
- Mito (2)
- Moral philosophy (2)
- Music (2)
- Mímesis (2)
- Música (2)
- Nancy Fraser (2)
- Negative dialectic (2)
- Negative dialectics (2)
- Negatividade (2)
- Negativity (2)
- Nietzsche (2)
- Non-identical (2)
- Ontologia (2)
- Pesquisa (2)
- Philosophy (2)
- Política (2)
- Procedimentalismo (2)
- Public sphere (2)
- Racionalidade (2)
- Rationality (2)
- Razão instrumental (2)
- Redistribution (2)
- Religion (2)
- Religião (2)
- Research (2)
- School of Frankfurt (2)
- Semicultura (2)
- Social institutions (2)
- Social integration (2)
- Solidariedade (2)
- Technique (2)
- Teoria Social (2)
- Teoria da justiça (2)
- Teorias da justiça (2)
- Theories of justice (2)
- Theory of Justice (2)
- Theory of Recognition (2)
- Tolerância (2)
- Técnica (2)
- Work (2)
- culture industry (2)
- democracia (2)
- democracy (2)
- education (2)
- educação (2)
- emancipation (2)
- emancipação (2)
- ethics (2)
- intersubjectivity (2)
- intersubjetividade (2)
- language (2)
- linguagem (2)
- marxismo ocidental (2)
- política (2)
- razão (2)
- reason (2)
- redistribuição (2)
- redistribution (2)
- semiformação (2)
- western marxism (2)
- ética (2)
- 20th century though (1)
- Abstraction (1)
- Abstração (1)
- Academic fraud (1)
- Action communicative (1)
- Administered Culture (1)
- Adorno et Sartre (1)
- Adorno and Praxis (1)
- Adorno and Sartre (1)
- Adorno and social objectivity (1)
- Adorno e Objetividade Social (1)
- Adorno e Práxis (1)
- Adorno e Sartre (1)
- Adorno's criticism on the theory of free will (1)
- Aesthetic (1)
- Agir Comunicativo (1)
- Agrupamentos sociais. (1)
- Alienation (1)
- Alienação (1)
- Amor próprio (1)
- Analytics of government (1)
- Analítica do governo (1)
- André Breton (1)
- Anthony Giddens (1)
- Approximation (1)
- Apreciação musical (1)
- Aproximação (1)
- Arcades Project (1)
- Archeology (1)
- Aristotle (1)
- Aristóteles (1)
- Arqueologia (1)
- Art autonomous (1)
- Arte Rupestre (1)
- Arte autônoma (1)
- Aufhebung (1)
- Aufklärung (1)
- Autonomia (1)
- Autorrealização (1)
- Ação Comunicativa (1)
- Ação instrumental (1)
- Bacia de Campos (1)
- Being (1)
- Benjamin (1)
- Body (1)
- Campos Basin (1)
- Capitalisme (1)
- Capitalismo industrial contemporâneo (1)
- Capitalismo tardio (1)
- Car (1)
- Carl Schmit (1)
- Carl Schmitt (1)
- Carro (1)
- Catastrophe (1)
- Catástrofe (1)
- Ciencia (1)
- Citizenship (1)
- Ciência (1)
- Coisificação (1)
- Collective identity (1)
- Commodity (1)
- Communication (1)
- Communicative reason (1)
- Comunicación (1)
- Comunicação (1)
- Comunidade plural (1)
- Concrete (1)
- Concreto (1)
- Conflitos Sociais (1)
- Conflitos internacionais (1)
- Conflitualidades (1)
- Consciência crítica (1)
- Constelação (1)
- Constitución del sujeto (1)
- Constituição do sujeito (1)
- Constitution of the subject (1)
- Construction (1)
- Construção (1)
- Consumo (1)
- Consumption (1)
- Contemporary industrial capitalism (1)
- Contemporary social philosophy (1)
- Contemporary subjectivities (1)
- Contradictions (1)
- Contradições (1)
- Contribuições de Honneth (1)
- Corpo (1)
- Correspondence (1)
- Correspondência (1)
- Crise da formação cultural (1)
- Crisis of cultural formation (1)
- Critical (1)
- Critical Pedagogy (1)
- Critical Social Theory (1)
- Critical Theor (1)
- Critical Theory of Society (1)
- Critical conscience (1)
- Critical theory and childhood (1)
- Critical theory and education (1)
- Critical theory and politics (1)
- Critical theory of society (1)
- Critical thinking (1)
- Criticism (1)
- Criticism and interpreations (1)
- Critics (1)
- Critique (1)
- Critique of Value (1)
- Crítica Social (1)
- Crítica de Adorno à teoria da vontade livre (1)
- Crítica do Poder (1)
- Crítica do Valor (1)
- Cuidado em saúde (1)
- Cuidado en salud (1)
- Cultura administrada (1)
- Cultura delinqüente (1)
- Cultura digital (1)
- Cultural (1)
- Cultural industry (1)
- Cultural industry and education (1)
- Dardot and Laval (1)
- Dardot e Lava (1)
- Deficiência (1)
- Delinquent culture (1)
- Democracia Liberal (1)
- Democracia transnacional (1)
- Depoliticization (1)
- Desamparo (1)
- Despolitização (1)
- Dialectic of Enlightenment (1)
- Dialectical images (1)
- Dialectics (1)
- Dialectics of theory and praxis (1)
- Dialogue (1)
- Dialéctica negativa (1)
- Dialética de Teoria e Prática (1)
- Dialética do Esclarecimento (1)
- Dialética do esclarecimento (1)
- Dialética materialista (1)
- Digital Culture (1)
- Direito (1)
- Direito ao trabalho (1)
- Direitos humanos (1)
- Disability (1)
- Discourse ethics (1)
- Discrimination (1)
- Discriminação (1)
- Discursive reason (1)
- Dispositive (1)
- Dispositivo (1)
- Diálogo (1)
- Drives (1)
- Déficit sociológico (1)
- Educación (1)
- Educación Física (1)
- Educação (1)
- Education and Emancipation (1)
- Education through harshness (1)
- Educação Física (1)
- Educação e Emancipação (1)
- Educação escolar (1)
- Educação musical (1)
- Educação pela dureza (1)
- Educação pública (1)
- Emancipação social (1)
- Empire (1)
- Empirical research (1)
- Empirical studies (1)
- Empoderamento (1)
- Empowerment (1)
- Enlightenment (1)
- Enlightenment dialectic (1)
- Entertainment industry (1)
- Escola sem Partido (1)
- Estado de direito e esfera pública (1)
- Estudos organizacionais (1)
- Estudos organizacionais; (1)
- Ethical life (1)
- Eticidade (1)
- Eugenia (1)
- Eugenics (1)
- Europa-mercado (1)
- European Union (1)
- Europemarket (1)
- Evolution of the Theory of Recognition (1)
- Experience of disrespect (1)
- Experiência de Desrespeito (1)
- Experiência pré-científica (1)
- Expressionist music (1)
- Expressive aesthetic (1)
- Expressividade estética (1)
- Ética (1)
- Family (1)
- Família (1)
- Fascism (1)
- Fascismo (1)
- Fetiche (1)
- Fetichism (1)
- Fetichismo (1)
- Fetish (1)
- Fight Social (1)
- Filosofia alemã (1)
- Filosofia política (1)
- Filosofia pós-moderna (1)
- Filosofia social contemporânea (1)
- Filosofía (1)
- Formalism (1)
- Formalismo (1)
- Formation (Bildung) (1)
- Formation and Education (1)
- Formation of Social Consciousness (1)
- Formação (Bildung) (1)
- Formação cultural (1)
- Formação da Consciência Social (1)
- Formação e Educação (1)
- Foucault (1)
- Frankfurt school (1)
- Fraser (1)
- Fraude acadêmica (1)
- Freedom and emancipation (1)
- Fundamentalism (1)
- Fundamentalismo (1)
- Fundamentação (1)
- G. H. Mead (1)
- Genealogia (1)
- Genealogy (1)
- German Philosophy (1)
- German Sociology (1)
- German idealism (1)
- Giorgio Agamben (1)
- Gramisci (1)
- Gray zone (1)
- Harmonia (1)
- Harmony (1)
- Health Care (1)
- Heidegger (1)
- Helplessness (1)
- Hermenêutica Objetiva (1)
- History (1)
- História (1)
- Honneth's contributions (1)
- Human rights (1)
- Idealismo alemão (1)
- Identidade coletiva (1)
- Ideologia (1)
- Ideology (1)
- Idiosincrasia (1)
- Idiossincrasia (1)
- Idiosyncrasy (1)
- Image (1)
- Imagem (1)
- Imagens dialéticas (1)
- Imanência Mítica (1)
- Império (1)
- Inclusion (1)
- Inclusão (1)
- Individual (1)
- Individualization (1)
- Individualização (1)
- Indivíduo (1)
- Indizibilidade de Deus (1)
- Industria cultural (1)
- Industry (1)
- Indústria cultural e educação (1)
- Indústria do entretenimento (1)
- Ineffability of God (1)
- Institutional intersubjectivity (1)
- Instrumental action (1)
- Instrumental reason (1)
- Integralidad en salud (1)
- Integralidade em saúde (1)
- Integrality in health (1)
- International Relations (1)
- International conflicts (1)
- Internet das Coisas (1)
- Internet des Objets (1)
- Internet of Things (1)
- Interpretação filosófica (1)
- Intersubjetividad (1)
- Intersubjetividade institucional (1)
- Intrumental reason (1)
- Justfication (1)
- Justicia (1)
- Justificação (1)
- Justificação pública (1)
- Kant (1)
- Kantian ethos (1)
- Kierkegaard (1)
- Knowledge (1)
- L'éducation (1)
- La fraude académique (1)
- Labor market (1)
- Labour (1)
- Late capitalism (1)
- Law (1)
- Lazer (1)
- Le capitalisme industriel contemporain (1)
- Legislação (1)
- Legitimation (1)
- Legitimação (1)
- Leisure (1)
- Lessing (1)
- Liberal Democracy (1)
- Liberalism (1)
- Liberalismo (1)
- Liberdade Social (1)
- Liberdade e emancipação (1)
- Libertad (1)
- Lucha por el reconocimiento (1)
- Luta Social (1)
- Luta por Reconhecimento (1)
- Luta por reconhecimento (1)
- Lutas sociais (1)
- Marcuse (1)
- Marx (1)
- Marxism (1)
- Mass media (1)
- Materialistic dialectics (1)
- Measurements, methods and theories (1)
- Medidas, métodos e teorias (1)
- Medidas, métodos y teorías (1)
- Meios de comunicação (1)
- Mercado de trabalho (1)
- Mercadoria (1)
- Messianism (1)
- Messianismo (1)
- Michel Foucault (1)
- Mimese (1)
- Modern societies (1)
- Modernité (1)
- Moral (1)
- Multitude (1)
- Music and philosophy (1)
- Music appreciation (1)
- Musical education (1)
- Myth (1)
- Mythical immanence (1)
- Múscia radiofônica (1)
- Música e filosofia (1)
- Música expressionista (1)
- Name of God (1)
- Narcisismo (1)
- Narcissism (1)
- Narrativas justificadoras da ação política (1)
- Narratives of justification of political action (1)
- Nature (1)
- Natureza (1)
- Negation (1)
- Negative Dialectic (1)
- Negative Dialectics (1)
- Negative Utopia (1)
- Negação (1)
- Nome de Deus (1)
- Normative theory (1)
- Normatividade (1)
- Normativity (1)
- Não idêntico (1)
- Não-idêntico (1)
- Objective Hermeneutics (1)
- Offshore Work (1)
- Ontology (1)
- Ordenamento social. (1)
- Organizational Studies (1)
- Organizational studies (1)
- Painting (1)
- Passagens (1)
- Patologias sociais (1)
- Pedagogia (1)
- Pedagogia Crítica (1)
- Pedagogia social (1)
- Pedagogy (1)
- Pedagogía Crítica (1)
- Pensamento (1)
- Pensamento crítico (1)
- Pensamento do século XX (1)
- Pensamento filosófico (1)
- Pesquisa empírica (1)
- Philosophical interpretation (1)
- Philosophical thought (1)
- Physical Education (1)
- Pintura (1)
- Pluralistic community (1)
- Poder (1)
- Political Philosophy (1)
- Political recognition (1)
- Political theory (1)
- Politics (1)
- Popper (1)
- Popper and Adorno’s debate (1)
- Popper. (1)
- Positivism (1)
- Positivismo (1)
- Postmodern philosophy (1)
- Power (1)
- Pragmatic linguistics (1)
- Pragmatics (1)
- Pragmática (1)
- Praxis (1)
- Pre-theoretical experience (1)
- Presídio (1)
- Previdência Social (1)
- Primacy of the object (1)
- Primado do objeto (1)
- Primazia do objeto (1)
- Primeira geração da Teoria Crítica (1)
- Princeton Project (1)
- Priority of the object (1)
- Prison (1)
- Procedimentalism (1)
- Proceduralism (1)
- Projeto de Princeton (1)
- Proust (1)
- Prática (1)
- Práxis (1)
- Pseudomorfose (1)
- Pseudomorphosis (1)
- Psicanálise (1)
- Psicologia Social (1)
- Psicologia social (1)
- Psychoanalysis (1)
- Public Education (1)
- Public justification (1)
- Publicidade (1)
- Publicity (1)
- Pulsões (1)
- Razão (1)
- Razão discursiva (1)
- Realidade social (1)
- Reason (1)
- Reception in Brazil (1)
- Recepção no Brasil (1)
- Reciprocal recognition (1)
- Recognition theory (1)
- Recogniton (1)
- Reconhecimento Social (1)
- Reconhecimento político (1)
- Reconhecimento recíproco (1)
- Reconhecimento social (1)
- Reconocimiento (1)
- Reconocimiento social (1)
- Reconstrucción normativa (1)
- Reconstruction (1)
- Reconstrução (1)
- Reconstrução Normativa (1)
- Redescription (1)
- Redescrição (1)
- Reflections (1)
- Reflexões (1)
- Regulación (1)
- Regulação (1)
- Regulation (1)
- Relações internacionais (1)
- Relações sociais e políticas (1)
- Reprodutibilidade Técnica (1)
- Right (1)
- Right to work (1)
- Robert Kurz (1)
- Rock art (1)
- Rousseau (1)
- Rualização (1)
- SASE (1)
- STS (1)
- Saber (1)
- Samuel Beckett (1)
- School education (1)
- School without Party (1)
- Schopenhauer (1)
- Science (1)
- Scolarisation (1)
- Self-love (1)
- Self-realization (1)
- Semi formação (1)
- Semi-culture (1)
- Semiculture (1)
- Semiformation theory (1)
- Semitraining (1)
- Ser (1)
- Siegfried Kracauer (1)
- Sigmund Freud (1)
- Social Conflicts (1)
- Social Criticism (1)
- Social Educational Support (1)
- Social Psychology (1)
- Social Recognition (1)
- Social Security (1)
- Social and political relations (1)
- Social groupings (1)
- Social order (1)
- Social pathologies (1)
- Social pedagogy (1)
- Social psychology (1)
- Social reality (1)
- Social recognition (1)
- Social struggles (1)
- Social theory (1)
- Socialism (1)
- Socialismo (1)
- Socialization (1)
- Socialização (1)
- Sociedade (1)
- Sociedade Administrada (1)
- Sociedades modernas (1)
- Society (1)
- Society Administered (1)
- Sociologia (1)
- Sociologia alemã (1)
- Sociological deficit (1)
- Sociology (1)
- Solidarit (1)
- Solidarity (1)
- Struggle for Recognition (1)
- Struggle for recognition (1)
- Stuggle for recognition (1)
- Subjetividades contemporâneas (1)
- Surrealism (1)
- Synthesis (1)
- Síntese (1)
- Taylor (1)
- Teatro brasileiro (1)
- Technical reproducibility (1)
- Technologie (1)
- Technology (1)
- Tecnologia (1)
- Temporalidade (1)
- Temporality (1)
- Teoria (1)
- Teoria Crítica da Sociedade (1)
- Teoria Crítica e Política (1)
- Teoria Estética (1)
- Teoria crítica da sociedade (1)
- Teoria crítica e educação (1)
- Teoria crítica e infância (1)
- Teoria da Justiça (1)
- Teoria da Semiformação (1)
- Teoria da ação comunicativa (1)
- Teoria da semiformação (1)
- Teoria estética (1)
- Teoria normativa (1)
- Teoria política (1)
- Teoría (1)
- Teoría Crítica (1)
- Teoría crítica (1)
- The Critique of Power (1)
- Theater Brazilian (1)
- Thematic work (1)
- Theodor Adorno. (1)
- Theoretical ground (1)
- Theory (1)
- Theory of communicative action (1)
- Theory of justice (1)
- Theory of semiformation. (1)
- Thought (1)
- Théorie critique (1)
- Tolerance (1)
- Toleration (1)
- Trabalhadores (1)
- Trabalho - Aspectos Sociais (1)
- Trabalho Offshore (1)
- Trabalho temático (1)
- Tradition (1)
- Tradição (1)
- Tragic (1)
- Training (1)
- Transnational Democracy (1)
- Trote universitário (1)
- Truth (1)
- Trágico (1)
- University hazing (1)
- União Europeia (1)
- Utopia negativa (1)
- Valery (1)
- Verdade (1)
- Vice (1)
- Video games and education (1)
- Videogame e educação (1)
- Vontade (1)
- Vício (1)
- Workers (1)
- Work– Social Aspects (1)
- World of Life (1)
- Zona cinzenta (1)
- a priori transcendental (1)
- aesthetic experience (1)
- aesthetic theory, (1)
- ambiguidade (1)
- ambiguity (1)
- amor (1)
- anti-prejudicial pedagogy (1)
- argumentation (1)
- argumentação (1)
- art (1)
- arte (1)
- arte engajada (1)
- autonomia (1)
- autorealização (1)
- bens culturais (1)
- biografia (1)
- biographie (1)
- biography (1)
- capitalismo neoliberal (1)
- childhood and experience (1)
- ciência (1)
- classic marxism (1)
- collective decisions (1)
- collective ethics (1)
- commodity (1)
- communication (1)
- compaixão (1)
- compassion (1)
- comunicação (1)
- conflictualities (1)
- constellation (1)
- contemporary novel (1)
- critical theory; (1)
- criticism of positivism (1)
- critique (1)
- crítica ao positivismo (1)
- crítica e interpretações (1)
- crítica filosófica (1)
- crítica social (1)
- cultura (1)
- cultural goods (1)
- cultural industry (1)
- decisões coletivas (1)
- deliberative democracy (1)
- democracia deliberativa (1)
- democratization of education (1)
- democratização do ensino (1)
- dialectical method (1)
- dialectics (1)
- dialects (1)
- dialética (1)
- dialética negativa (1)
- direito global (1)
- domination (1)
- dominação (1)
- dreams (1)
- démocratie (1)
- educational research (1)
- educational sociology (1)
- enfance et expérience (1)
- engaged art (1)
- enlightenment (1)
- equipe de assistência ao paciente (1)
- esclarecimento (1)
- escola de Frankfurt (1)
- estudos empíricos (1)
- ethos kantiano (1)
- evolução da Teoria do Reconhecimento (1)
- exclusion (1)
- exclusão (1)
- experiência estética (1)
- experiência formativa (1)
- fascism (1)
- fascismo (1)
- feminism (1)
- feminismo (1)
- fetichismo (1)
- fetishism (1)
- filosofia (1)
- formative experience (1)
- formação (1)
- formação de professores (1)
- freedom (1)
- fundamentação da moral (1)
- german idealism (1)
- global law (1)
- hegemony theory (1)
- historicidade (1)
- historicity (1)
- idealismo alemão (1)
- indignation (1)
- indignação (1)
- infância e experiência (1)
- integração/desintegração social (1)
- intelligentsia (1)
- intelligentsia; organização (1)
- interdisciplinaridade (1)
- interdisciplinarity (1)
- iscursive ethics (1)
- justificação pública (1)
- liberdade sexual (1)
- linguistic paradigm (1)
- love (1)
- luta por reconhecimento (1)
- lutas sociais (1)
- marxismo (1)
- marxismo clássico (1)
- mercadoria (1)
- mimesis (1)
- moral (1)
- moral respect (1)
- moralidade (1)
- morality (1)
- mundo da vida (1)
- musealisation (1)
- musealização (1)
- music (1)
- método dialético (1)
- música (1)
- nature (1)
- natureza (1)
- negative dialectic (1)
- negative dialectics (1)
- neoliberal capitalism (1)
- new social movements (1)
- nouveaux mouvements sociaux (1)
- novos movimentos sociais (1)
- object (1)
- objeto (1)
- offshore work (1)
- oil (1)
- originalidade (1)
- originality (1)
- paradigma lingüístico (1)
- patient care team (1)
- pedagogia do antipreconceito (1)
- pesquisa em educação (1)
- pessimism (1)
- pessimismo (1)
- petróleo (1)
- philosophical criticism (1)
- policies (1)
- political organization (1)
- politics (1)
- popperian’s method (1)
- positivism (1)
- pragmática lingüística (1)
- professional-patient relations (1)
- práxis (1)
- psicanálise (1)
- psicologia social e pragmatismo (1)
- psychoanalysis (1)
- public justification (1)
- razão comunicativa (1)
- razão técnica (1)
- reconnaissance (1)
- reification theory (1)
- relações profissional-paciente (1)
- religion (1)
- religião (1)
- respeito moral (1)
- romance contemporáneo (1)
- science (1)
- selfrealization (1)
- semiformation (1)
- sexual freedom (1)
- sistema (1)
- social criticism (1)
- social integration/desintegration (1)
- social psychology and pragmatism (1)
- social struggles (1)
- social theory (1)
- sociedade tecnológica (1)
- sociologia da educação (1)
- sonhos (1)
- street-living (1)
- subject (1)
- subjectivity (1)
- subjetividade (1)
- sublime (1)
- sujeito (1)
- surrealismo (1)
- system (1)
- teachers’ shaping (1)
- technical reason (1)
- technological society (1)
- teoria da evolução (1)
- teoria da hegemonia (1)
- teoria da reificação (1)
- teoria do direito (1)
- teoria estética (1)
- teoria social (1)
- the First generation of Critical Theory. (1)
- the rule of law and the public sphere (1)
- the struggle for recognition (1)
- theory of evolution (1)
- theory of law (1)
- théorie sociale (1)
- trabalho off shore (1)
- transcendental a priori (1)
- truth (1)
- verdade (1)
- will (1)
- École Sans Parti (1)
- Ética Discursiva (1)
- Ética discursiva (1)
- émancipation (1)
- ética coletiva (1)
Institute
- Gesellschaftswissenschaften (205) (remove)
A concepção de indivíduo na sociedade administrada é analisada por Horkheimer e Adorno (1973), no ensaio Indivíduo no livro Temas Básicos da Sociologia, cujo método de exposição instiga à reflexão sobre a concepção de indivíduo e as possibilidades de formação e educação na sociedade administrada, demonstrando que a concepção de indivíduo na Filosofia ora tendia para uma ênfase na subjetividade em detrimento das condições objetivas sociais, ora tendia à totalidade social, negligenciando a singularidade do indivíduo. Em seguida, estabelecem articulações entre as diferentes esferas complementares (indivíduo e sociedade) e as consequências sobre a formação do indivíduo e a educação na contemporaneidade, problematizadas por Adorno (2000), em sua obra Educação e Emancipação, quanto às suas possibilidades e limites na sociedade administrada.
O objetivo do presente texto é repensar a aporia pela qual o livro “Dialética do Esclarecimento” é anunciado, a saber, a autodestruição do esclarecimento ou a procura da liberdade pela racionalidade, mas que culmina em uma regressão. Nossa argumentação perfaz dois caminhos: primeiramente, apresentamos a relação existente na obra entre um tipo de antropologia com bases freudianas e uma leitura da sociologia de Marx. Concebemos a noção de uma estrutura psíquica permeável às condições sócio-históricas do ser humano ocidental. Tal condição é imprescindível para a saída da aporia intimamente relacionada a uma antropologia psíquica ligada a um modo histórico da cultura e sociedade. Na sequência, propomos ainda um paralelo entre a possibilidade de um esclarecimento efetivo por meio do resíduo mítico presente na racionalidade técnica apresentada por Horkheimer e Adorno e a assunção da situação humana de desamparo na visão de mundo religiosa, modo freudiano para se alcançar uma posição mais “científica” em relação à realidade. Nesse contexto, utilizaremos rapidamente parte da teoria de Weber como meio para relacionarmos o esclarecimento à religião no que ambos têm em comum, isto é, a defesa contra o sofrimento, a angústia e o desamparo. Talvez seja por meio da assunção do desamparo na racionalidade situada na visão religiosa de mundo, ou ainda, a assunção do mito na racionalidade técnica do esclarecimento, que permitirá o futuro desenvolvimento de uma “antropologia dialética”, o que resultaria na saída da aporia enquanto condição histórica da racionalidade humana.
O tema geral do presente artigo trata da antropologia histórica encontrada em “The Authoritarian Personality” e fundamentada em “Dialética do Esclarecimento”. Especificamente, abordaremos a conceituação que compreende as movimentações pulsionais (segundo leitura da teoria freudiana) enquanto natureza interna, fundamento da concepção da antropologia aqui debatida. Com isso, ao falarmos de antropologia e de natureza, não estamos nos referindo a concepções imutáveis e “biologizantes”, mas a noções históricas e contextuais. Para tanto, iremos nos voltar à “Ideia de história natural” adorniana, precisamente à dialética entre história e natureza. No texto, Adorno trata de dois movimentos de tal dialética: uma concepção de Lukács, para quem elementos da história se tornam naturalizados enquanto segundo natureza, o que pode ser exemplificado com o esquematismo hollywoodiano promovido pela indústria cultural; o segundo movimento, sob influência de Walter Benjamin, trata da transitoriedade histórica da natureza, quando resquícios arcaicos reprimidos pelo sentido histórico dominante ressurgem, tornando-se possibilidade de outra orientação histórica. Este debate se mostra importante justamente porque se encontra no cerne da relação entre economia-política/sociologia e psicanálise, os domínios teóricos mais relevantes para a primeira geração da Teoria Crítica. Por mais que pensemos que há uma antropologia implícita para Horkheimer e Adorno – que enxergariam o ser humano enquanto naturalmente agressivo e destruidor –, o nosso intuito é mostrar que, se a antropologia e a natureza são históricas, o ser humano age a partir da pulsão de morte justamente porque o meio social que o forma é ele mesmo dominador, violento, reificado e alienante.
Percepção como interpretação
(2009)
Este artigo enfoca a apropriação que Horkheimer e Adorno fazem da doutrina kantiana do esquematismo no sentido de apontar para o procedimento – característico da indústria cultural – de usurpar de seus consumidores a capacidade de “esquematizar” (referir intuições a conceitos) por si próprios. Considerando-se que os autores não dão outras indicações sobre como se dá esse processo em relação aos meios de massa, o texto procura explicar como a própria percepção em geral é atingida pela “usurpação do esquematismo” a partir de colocações do capítulo da Dialética do esclarecimento sobre o antisemitismo. Essas colocações são complementadas – e também comparadas – com as de Hans Lenk no seu livro O pensamento e o seu conteúdo.
By means of the analysis of two Theodor Adomo's texts temporal1y very distant from each other -one written in the beginning of his career, the other in his maturity -, this article shows that the essay was for him not merely a theme of reflection, but also and upmost a kind of matrix for his thought. Within this matrix, through resort to a tradition, begun, in the Modernity, with Montaigne and solidified with Leibniz and the English empiricists, Adorno seeks to build, in the last phase of his philosophy, his conception of an "Anti-system", in which the indispensable coherence of thought can be kept save from instrumentalization by the domination system.
Esquematismo e semiformação
(2003)
Este artigo tem como objetivo mostrar a relação entre a concepção, de Adorno, da "Teoria da semiformação" e sua sugestão (juntamente com Horkheimer), na Dialética do esclarecimento, de que a indústria cultural usurpa dos indivíduos a capacidade de "esquematizar", isto é – de acordo com o ponto de vista kantiano na Crítica da razão pura –, referir sua percepção sensível a conceitos fundamentais. Já que no capítulo da Dialética do esclarecimento sobre a indústria cultural os autores não desenvolvem essa idéia, tento encontrar um desenvolvimento dela na parte intitulada "Elementos do anti-semitismo", particularmente na seção sobre a "falsa projeção". É possível mostrar, então, que a mesma concepção de semiformação, que na Dialética do esclarecimento liga a teoria sobre o anti-semitismo com a crítica à indústria cultural, poder ser considerada um conceito aplicado às questões educacionais.
Habermas relê Adorno e Horkheimer à luz do seu próprio modelo, isto é, do "paradigma lingüístico" que substitui a práxis transformadora pela argumentação. Assim, Habermas não percebe que, em Adorno, a competência comunicativa subordina-se a algo essencialmente diferente, a um impulso emancipatório. As características deste a priori transcendental racionalmente mediado devem ser buscadas não na Dialética do esclarecimento, mas em Minima moralia.
O eixo temático desta investigação trata de compreender que a obra de arte corporifica na sua forma interna uma autonomia relativa com relação à realidade empírica sobre a qual se torna reflexão crítica. Ao se caracterizar como mediação com a realidade social que a produziu, a arte é por isso mesmo a sua negação. É esse princípio de negação determinada, em que se condensam na obra de arte as antinomias e os antagonismos como antíteses da sociedade enquanto problema de sua forma interna, o elemento ao qual Theodor W. Adorno atribui dimensão epistemológica. Nessa categoria do conhecimento assim concebida, pela perspectiva estética, a razão instrumental como práxis brutal da sobrevivência é concretamente questionada na sua forma restritiva de conhecimento.
A necessidade e a possibilidade das decisões coletivas no processo político no interior de sociedades complexas são examinadas tendo em vista a questão da legitimidade dos governos democráticos. Analisa-se, com base nos três autores, a questão do desenho institucional mais adequado ao exercício da deliberação.
A Teoria Crítica propõe, com Theodor Adorno, uma íntima relação entre filosofia e desenvolvimento de experiências formativas, constituindo um referencial teórico indispensável para o entendimento acerca do que é pensar filosoficamente em uma perspectiva denominada negativa. Nessa relação, a experiência e racionalidade estética demarcam uma nova forma de conceber a razão e seu momento na relação com a objetividade. Esse momento da razão não indica apropriação, mas remete para uma aproximação e, a partir dessa, a construção de sentido. A problemática que orienta este texto indaga sobre como os conceitos de concreto, aproximação e construção se articulam no desenvolvimento das chamadas experiências formativas. Defendemos a hipótese de que a partir da articulação desses conceitos a riqueza constitutiva da realidade passa a ser manifestada e apreendida, possibilitando, mediante a ampliação das experiências, a manifestação do novo e a construção de sentido. Essa constelação conceitual indica o desafio de considerar a objetividade para além do imediatamente dado; indica, também, o sentido que deve assumir a tensão dialética geradora da aproximação e, por último, um caminho que nos auxilia na tarefa de compreensão do pensamento crítico de Theodor Adorno.
Ênfase na análise imanente no seu sentido mais forte, ou remessa às condições históricas da produção dos textos? Neste artigo destinado ao exame crítico desses livros argumenta-se que, estando em jogo obras de um autor que se move no universo do marxismo (Ressentimento da dialética e O fio da meada, de Paulo Arantes) a disjuntiva remete a Adorno ou a Lukács, autores centrais para Arantes.
O presente trabalho aborda o problema da compreensão e justificação do conceito habermasiano de tolerância (Toleranz) nas sociedades marcadas por diferentes e incompatíveis (conflitantes) imagens de mundo (verschiedene und unverträgliche Weltbildern), onde se elaboram e articulam os contextos da justificação (Kontexte der Rechtfertigung) e o contexto da tolerância (Kontext der Toleranz). A meu ver, Habermas estabelece uma distinção ambivalente entre tolerância e não discriminação, baseada em uma dissonância cognitiva (kognitive Uneinheitlichkeit) aplicável às imagens de mundo (Weltbildern) concorrentes e mutuamente excludentes, resultando em uma diferenciação das expectativas normativas referente à resolução de dilemas que envolvem formas de vida culturalmente diferenciadas. Nas situações em que as objeções a crenças e práticas de uma forma de vida particular não se encontram baseadas em razões públicas (öffentliche Gründe), não caberia falar em tolerância, mas na luta pela igualdade de direitos de cidadania e reconhecimento de direitos culturais. A dificuldade consiste em declarar quais crenças e práticas seriam “eticamente objetáveis ou erradas”, mas que não poderiam ser igualmente julgadas, com base em “razões públicas”, como “moralmente rejeitáveis”, dada a existência de razões de aceitação (que não eliminam, mas superam as razões de objeção) e, portanto, objeto da tolerância, bem como aquelas crenças e práticas que não poderiam ser toleradas sob qualquer justificação moral baseada em “razões públicas” (crenças e práticas igualmente “eticamente objetáveis ou erradas” e “moralmente rejeitáveis”). Além disso, como ressalta Forst, nem sempre é possível estabelecer quais razões são “públicas” e podem constituir o fundamento de objeções razoáveis às crenças e práticas de alguém considerado “eticamente diferente” de “nós” ou ainda, como assevera Lafont, se estas mesmas razões estariam “disponíveis”.
Este artigo pretende ser uma exposição da Filosofia do Esclarecimento de Habermas. Nesse sentido, apresentaremos especialmente seu pensamento inicial, com o escopo de estabelecer seus fundamentos, o que implica iniciar com as influências sobre ele (I. Kant, J. L. Austin, o "segundo" Wittgenstein, M. Weber, E. Husserl, K. O. Apel, entre outros), assim como com sua crítica aos primeiros membros da Escola de Frankfurt (especialmente contra o pessimismo de T. Adorno e M. Horkheimer acerca da possibilidade de a razão nos libertar). Finalmente, mostraremos como Habermas é uma extensão do projeto de uma Filosofia do Esclarecimento, o que faz dele um exemplo do pensamento moderno na história contemporânea da Filosofia.
Técnica e liberdade
(2000)
Argumenta-se que o dilema entre técnica e liberdade permanece como tal, como dilema não resolvido, enquanto não se conseguir repensar a questão por uma perspectiva que alcance mais longe e mais fundo do que a tradição antropocêntrica do pensamento ocidental. As concepções de autores como Marcuse, Habermas e Marx são examinadas por um prisma que incorpora sugestões de Heidegger.
Aproximações entre Nietzsche e Adorno acerca da massificação da cultura e da vida administrada
(2017)
Pretendemos pensar as relações entre arte e sociedade, tendo sempre em mente a tensão irredutível entre a autonomia e a heteronomia de uma em relação a outra. Para tanto, traçaremos uma análise dos argumentos principais a respeito dessa relação dialética, em dois momentos distintos da reflexão filosófica sobre o tema. Em um primeiro momento, traremos a defesa de uma certa autonomia da arte com referência não apenas à sociedade que a produz, como também aos valores morais que são ensinados através dela, com as reflexões e, sobretudo, com as críticas de Nietzsche sobre suas interpretações da tragédia clássica, a partir principalmente de O Nascimento da Tragédia, para, em um segundo momento, poder traçar um paralelo dessa argumentação com a constatação de Adorno a respeito da instrumentalização e da comercialização da arte, no contexto contemporâneo, expondo algumas das críticas de Nietzsche realizadas no séc. XIX sobre as produções culturais gregas do séc. IV a. C. e contextualizando-as em relação aos fenômenos estéticos contemporâneos.
De acordo com parte da literatura, a teoria crítica de Adorno é um lamento sobre o fracasso da civilização moderna que é incapaz de dar conta de suas próprias condições de possibilidade. No presente artigo, questiono tal veredito, por meio da análise da questão de como a crítica pode ser feita e de quem seria o destinatário dela, em uma situação de quase completa dominação.
Vinculada à tradição da Escola de Frankfurt (Horkheimer, Adorno, Habermas), a teoria de reconhecimento (Honneth) tem grande repercussão nas ciências sociais, pois propõe um novo tipo de fundamentação ética com vistas ao projeto de uma sociedade solidária e justa. Na pedagogia, porém,sua recepção é ainda modesta. O ensaio objetiva mudar a situação, querendo mostrar a importância da contribuição de Honneth para a práxis educativa. Primeiro, são apresentados alguns tópicos centrais da teoria. Depois, os conflitos entre as diretrizes ético-morais no trabalho profissional servem de exemplo para mostrar como a teoria de reconhecimento recorda aos pedagogos a necessidade de refletirem sobre o processo pedagógico como campo de experiência essencialmente social para os envolvidos.
Axel Honneth desenvolve o conceito de reconhecimento, encarado como uma necessidade fundamental do ser-humano, de forma a constituir-se no núcleo de uma teoria da justiça que procura especificar as condições intersubjetivas de autorrealização individual. Apresenta-se uma teoria da justiça assente na reconstrução das práticas e condições de reconhecimento já institucionalizadas, analisando as instituições sociais em um sentido amplo. Pretende-se aproximar a concepção normativa da justiça da análise sociológica das sociedades modernas, através da reconstrução normativa e ao colocar a ênfase na liberdade social, baseada na dimensão intersubjetiva das instituições de reconhecimento. A liberdade social prevê o acesso às instituições de reconhecimento. Um dos objetivos é esboçar os problemas desse avanço interpretativo da teoria crítica do reconhecimento, pelo que iremos convocar a teoria da luta pelo reconhecimento de Honneth, incluir a sua reactualização mais recente do Direito de Hegel e explorar a sua proposta normativa para as condições de uma vida ética.
Os limites da tolerância
(2009)
Este artigo apresenta os elementos constitutivos do conceito de tolerância e discute duas concepções diferentes do termo, como permissão e como respeito moral, que expressam modos diversos de demarcar os limites da tolerância. A tolerância é apresentada como um conceito que, para ganhar algum conteúdo, depende normativamente de um direito à justificação baseado na idéia de um uso público da razão segundo o qual as práticas e as instituições político-jurídicas que determinam a vida social dos cidadãos devem ser justificáveis à luz de normas que eles não podem recíproca e genericamente rejeitar.
O presente artigo pretende sustentar que o diagnóstico adorniano sobre perda da experiência qualitativa do tempo no expressionismo de Schoenberg pode ser desdobrado a partir da mobilização de dois conceitos da musicologia: o trabalho temático e a harmonia tonal. Ambos os conceitos estão associados a procedimentos compositivos em virtude dos quais logrou-se, na música anterior ao expressionismo, uma continuidade temporal que obedecia a uma necessidade, isto é, não contingente, ou fortuita. A dissolução da continuidade temporal na obra expressionista de Schoenberg é, portanto, resultado do abandono destes mesmos procedimentos.
O objetivo do texto é propor uma interpretação do conceito de sublime na Teoria estética de Theodor Adorno, partindo do confronto com leituras significativas de outros comentadores, de modo a fornecer uma concepção que associe o movimento de transcendência e alteridade da forma estética à dinâmica histórico-processual das obras.
O objetivo do texto é fazer uma análise da dimensão crítica do conceito de indústria cultural proposto por Adorno e Horkheimer a partir da noção psicanalítica de narcisismo, tal como Adorno a interpretou. A cultura de massa será vista como propiciando o prazer substancialmente ilusório de satisfazer a ânsia de engrandecimento do ego, no mesmo instante em que mantém o indivíduo atado às tendências inerciais de unificação social.
Este artigo aborda criticamente alguns conceitos referentes ao vínculo entre racionalidade, abstração e poder, tomados em contraste com a noção de mímesis, tal como Adorno e Horkheimer concebem na Dialética do esclarecimento. Partindo da diferenciação de quatro conceitos de esclarecimento, procuramos demonstrar o caráter inadequado da equalização entre esclarecimento e exercício violento e ideológico do poder, mostrando como o conceito de abstração, que nos parece servir de base para o primeiro capítulo daquela obra, permite delinear melhor a cisão entre as formas de conhecimento miméticas e as que lhe sucederam, tomando como ponto de partida a concepção mítica grega arcaica.
O artigo tem por objetivo precípuo socializar o estudo empreendido na Teoria do Reconhecimento, do sociólogo e filósofo alemão Axel Honneth, em estágio pós-doutoral no Núcleo de Pesquisa "Violência e Cidadania", no Programa de Pós-graduação em Sociologia, da UFRGS, no período 2010-2011. A meta foi articular a pesquisa teórica sobre o "reconhecimento intersubjetivo e social" com uma investigação empírica qualitativa sobre as origens do fenômeno de rualização infanto-juvenil, no meio urbano. A hipótese preconizou o primado do reconhecimento negado a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, em detrimento de condições econômicas desfavoráveis, como causa da migração para a vida nas ruas e da ocorrência dos múltiplos conflitos sociais deflagrados por essa condição. A pesquisa de campo foi realizada em parceria com duas instituições assistenciais de Porto Alegre, que oferecem o Serviço de Apoio Socioeducativo (SASE), conveniadas com a prefeitura municipal. Os resultados corroboraram a hipótese de que as políticas públicas de distribuição de renda desarticuladas das práticas assistenciais e educativas não contribuem para arrefecer as conflitualidades urbanas. Nesse sentido, o Programa SASE, voltado ao atendimento de crianças e jovens das classes populares que vivenciam diuturnamente a desestruturação familiar, o abandono afetivo, moral, intelectual e o desprezo social, contribui para o fortalecimento das três dimensões do reconhecimento: o amor, o direito e a estima social, reintegrando o público alvo ao núcleo familiar e à sociedade.
Karl Popper versus Theodor Adorno: Lessons from a historical confrontation. In 1961, during the Congress of the German Society of Sociology, two great theoretical references of the XX century faced in a historical debate about the logic of the social sciences. In addition to methodological issues strict sense, the confrontation became known as a debate between positivism and dialectic. The article first deals with the theoretical trajectories of Popper and Adorno and the relation of their theories with their political and ideological certainties. On one hand, the trajectory of the Popperian epistemology is examined, its contributions and vigorous attacks on Marx in what he called 'poverty of historicism" and false predictive Marxist world, and, on the other hand, the role of Adorno in the Frankfurt School, his criticism of totalitarianism and the defense of a critical emancipatory reason. The article also deals with the confrontation itself, the exposure of Popper's twenty-seven theses that culminate with the situation logic and the method of the economy as exemplary for the social sciences and Adorno's critical perspective of sociology and society as non-separable objects. In conclusion we show how the articulation of theory with the weltanschauung of each author helps to clarify the terms of the debate and how the confrontation contributed unequivocally to the dynamics of scientific progress and for the critical history of the ideas.
Theodor Adorno deixou uma série de anotações sobre o romance O Inominável de Samuel Beckett, as quais deveriam ser aproveitadas para a elaboração de um ensaio que nunca chegou a ser escrito. O artigo busca discutir uma dessas anotações, segundo a qual o romance de Beckett poderia ser caracterizado como a consumação de uma tendência do romance contemporâneo em direção ao romance reflexivo. Com o intuito de desdobrar essa questão o artigo recorre a elementos da obra de Beckett e da reflexão de Adorno sobre a forma do romance.
O artigo apresenta uma reflexão sobre as relações entre cultura e lazer a partir de um referencial metodológico apoiado em Habermas. Adota o presídio, mais especificamente a Casa de Detenção de São Bernardo, como um espaço dotado de cultura própria (cultura delinqüente). Conclui apontando a importância das interações comunicativas, típicas da sociabilidade espontânea, presentes nas atividades de lazer, conforme as categorias apresentadas por Kholberg e incorporadas por Habermas, nos limites de um marco jurídico construído a partir de consensos originais do mundo da vida.
Trata-se de uma réplica ao texto "Uma filosofia da história tornada sóbria", de Georg Lohmann. Nessa réplica o autor justifica que procura vincular uma teoria exigente da evolução social com a da consciência falível, porém não derrotista, de um ethos kantiano que nos obriga a contribuir de algum modo para a melhoria do mundo.
Os modelos de democracia propostos pelo liberalismo e pelo republicanismo comunitarista são criticados a partir da perspectiva da política deliberativa tal como concebida pela teoria do discurso. Associando ao processo democrático conotações normativas mais fortes do que o modelo liberal, porém mais fracas do que o modelo republicano, a teoria do discurso articula elementos de ambas numa forma nova.
O autor discute a importância da psicologia social de G. H. Mead para o pensamento social de Habermas. De especial interesse para o filósofo alemão é a confluência, em Mead, de duas linhas de reflexão do pragmatismo norte-americano – a filosofia analítica da linguagem e a teoria psicológica do comportamento – na crítica à filosofia da consciência. Apesar de denominar sua teoria ''behaviorismo social'', Mead se afasta das teorias do comportamento clássicas, ao enfatizar a experiência interna do indivíduo, e fazê-lo tendo como ponto de partida o ''todo social''. O artigo expõe, então, como a teoria da razão comunicativa pretende incorporar e, ao mesmo tempo, ultrapassar essa abordagem.
Contesta-se a tese de Habermas que toma o marxismo como urna variante da filosofia da consciência. O materialismo histórico é reconstruído a partir da inter-relação dialética entre as categorias trabalho e linguagem, abrindo a possibilidade de recuperação da crítica marxista às instituições modernas: o Estado e a empresa capitalista. Argumenta-se que a tentativa habermasiana de escapar das malhas da filosofia da consciência acaba recaindo no que o autor denomina solipsismo social.
O artigo analisa a crítica social de Adorno, apontando os laços entre formação, sujeito e condições sociais e os efeitos para a educação (Bildung). A despeito da tradição neo-humanista e idealista e das certezas emancipatórias, a formação mostra sua face ilusória. É justamente em relação às questões educativas que o pensamento crítico de Adorno mais revela sua atualidade e potência para mostrar os paradoxos da própria educação. De tal crítica - apesar do paradoxo - decorrem determinadas exigências expressas numa dimensão ético-política e numa dimensão estética para a experiência formativa, cuja potência pode romper com o caráter meramente adaptativo da educação.
A crítica de Adorno a posições idealistas acentua que o sujeito, como portador da vontade livre, é sempre mediado social e historicamente. Segundo Adorno, a vontade é razão, mas não somente razão. Junto com ela deve ser sempre usado um “impulso anterior-ao-sentido-do-eu”. Ao final, será apresentada a crítica de Adorno do ideal social de uma vontade forte.
O objetivo deste artigo é analisar os elementos centrais da crítica realizada por Axel Honneth ao pensamento de Michel Foucault, em Crítica do Poder, articulando-a com sua análise da obra do chamado "círculo interno" da Escola de Frankfurt, principalmente Adorno e Horkheimer. Dessa maneira, entende-se que Honneth opera uma aproximação do pensamento foucaultiano à tradição crítica frankfurtiana, com ênfase em deficiências comuns que apontam para uma filiação entre os autores e, ao mesmo tempo, para sua insuficiência na análise da sociedade contemporânea. Tal leitura, contudo, em que pese sua inovação em pôr lado a lado Foucault e Habermas enquanto desenvolvimentos rivais da Teoria Crítica, é limitada tanto cronologicamente, por não levar em consideração a reorientação realizada por Foucault, a partir de 1978, quanto por identificar problematicamente as noções de poder e dominação. Essa limitação não inviabiliza, entretanto, manter o gesto de convergência entre o pensamento foucaultiano e a Escola de Frankfurt, pensando-o através de uma via positiva, que não se restrinja às limitações das suas ferramentas críticas, mas que, ao contrário, ao focalizar a radicalidade de tal crítica, torne possível destacar a sua atualidade.
Após um exame de alguns problemas não resolvidos no feminismo analisam-se, a partir de uma perspectiva de gênero, dois importantes modelos teóricos da atualidade: o de Habermas e o de Luhmann, este visto como oferecendo uma perspectiva da "diferença". No final reflete-se sobre o tipo de políticas que resultaria de posições não mais limitadas a uma concepção rígida da questão da identidade.
O texto tenta, num primeiro passo, mostrar que a textura intrínseca da justiça não consiste em bens distribuíveis, mas em relações sociais comumente aceitas que são constituídas por práticas perpassadas de conteúdo moral. Nessas práticas podem ser encontradas aquelas que definem o que significa tratar uma outra pessoa de forma razoável ou justa. Se este ponto de partida é convincente, então algumas consequências metodológicas sobre o conceito de justiça tem que ser tiradas e que são apresentados na segunda etapa: ao invés de construir um procedimento normativo que nos permite deduzir o conteúdo de justiça, temos de começar pela reconstrução das práticas sociais que nos informam sobre o respeito à justiça. O resultado será, tal como indicado em uma terceira etapa, a pluralização do nosso conceito de justiça, que inclui tanto princípios relevantes da justiça como há formas de relações sociais geralmente aceitas e apreciadas.
O texto se ocupa com a questão da interpretação da obra de Jean-Jacques Rousseau, em particular com suas referências sobre a dependência constitutiva em relação aos outros. Vista negativamente na crítica da cultura, mas positivamente nos esboços de um contrato social, o lugar dessa dependência constitutiva da confirmação e estima por parte dos outros está vinculada ao significado dado ao “amor próprio” nos diferentes textos; mas ela abre a possibilidade de interpretar Rousseau como um teórico do reconhecimento. O autor acompanha Rousseau em seu desenvolvimento teórico até o ponto em que ele se tornou consciente das exigências de uma forma sociocontratual, igualitária do reconhecimento mútuo, para depois expor a enorme influência que a ideia bipolar de Rousseau a respeito do reconhecimento social exerceu sobre a teoria social da modernidade: em sua variante negativa, a profunda necessidade dos seres humanos de sobrepujar os respectivos cossujeitos no grau de estima social, reinterpretada por Kant como sendo a força motriz do progresso cultural e social, e em sua variante positiva, o respeito mútuo entre iguais, desenvolvido por Fichte e Hegel na direção de uma teoria do reconhecimento relacionada ao direito e à moralidade. No final, Honneth discute o ceticismo com que Rousseau sempre viu a dependência de outros contida no “amor próprio”, deixando sem solução definitiva a tensão entre a ideia estoica de uma independência pessoal de toda avaliação alheia e a ideia intersubjetivista de uma profunda dependência do outro. (Resumo do editor).
Neste texto, analisam-se o conceito de grupo e suas manifestações, buscando contrapor às perspectivas categoriais da psicanálise e da teoria sociológica, consideradas incompletas em razão de estilizações unilaterais que impedem uma conexão conceitual básica entre as duas disciplinas, uma terminologia que, de partida, seja neutra frente às alternativas positiva e negativa de inserção do eu no grupo. Para tanto, o grupo, independentemente de seu tamanho e tipo, inicialmente deve ser compreendido como um mecanismo social fundado na necessidade ou no interesse psíquico do indivíduo, porque o auxilia na estabilidade e ampliação pessoais. O artigo descreve, em linhas gerais, o arcabouço categorial unificado, recorrendo ao conceito do reconhecimento. Num primeiro passo, apresenta-se brevemente a premissa de que a dependência individual de experiências de reconhecimento social explica por que o sujeito individualmente aspira a ser membro em diferentes modelos de agrupamentos sociais. Num segundo passo, tenta-se corrigir a imagem idealizada de grupo anteriormente introduzida, ao tematizar as tendências regressivas que frequentemente codeterminam a vivência no grupo. Por fim, segue-se a ideia de retirar gradativamente aquelas idealizações que estavam na base da premissa inicial de uma diluição harmônica do eu no nós do grupo.
O texto discute a relação entre a educação e a organização democrática do governo republicano. Para o autor, pelo menos desde Kant os teóricos clássicos da filosofia política estavam convencidos de que uma boa educação e uma ordem estatal republicana dependem uma da outra: formar cidadãos para a liberdade para que, como cidadãos autônomos institucionalizem uma educação pública que possibilite a seus filhos o caminho para a maioridade política. Mas ele constata hoje um divórcio entre as gêmeas teorias da democracia e da educação. Razões que podem ter levado a essa cisão ele localiza na combinação, por afinidades eletivas, entre uma concepção truncada de democracia, que dependeria de comunidades tradicionais e mesmo religiosas para reproduzir suas bases ético-culturais, e uma falsa concepção normativa de neutralidade do estado, que culmina concebendo os professores não mais como servidores públicos a serviço do estado democrático de direito, mas como servidores dos pais. Em contraposição ao desacoplamento entre a formação do cidadão autônomo e do governo autônomo dos cidadãos, entre pedagogia e teoria política, ele reconstrói, a partir dos clássicos da teoria social, a concepção sobre um nexo fundamental entre educação e liberdade política, entre formação e democracia. Longe de advogar por uma volta à escola tradicional, o autor chama a atenção para dois grandes desafios que juntas, pedagogia e teoria democrática precisam enfrentar: o impacto da revolução digital sobre a esfera pública e a crescente heterogeneidade cultural dos cidadãos, em especial nas democracias ocidentais, para que a educação torne a ser o lugar do aprendizado da cultura democrática.
Neste artigo, que é originalmente um discurso de posse no Instituto Otto Suhr na Universidade Livre de Berlin, Axel Honneth esboça o programa de uma teoria intersubjetiva do reconhecimento, utilizando esta última categoria como o núcleo conceitual de uma Teoria Crítica da sociedade na qual a experiência pré-cientifica de desrespeito às expectativas sociais se conecta à formação de demandas emancipatórias.
A pergunta que move o presente artigo é: como a categoria trabalho social deveria ser incluída no marco de uma teoria social para que, dentro dela, abra uma perspectiva de melhoria qualitativa que não seja utópica? Para dar conta desse problema complexo, o autor sugere num primeiro passo, mais metodológico, o emprego da distinção entre crítica externa e imanente para o propósito de uma crítica das relações de trabalho existentes. Num segundo passo, o autor procura mostrar que o trabalho social só poderá assumir legitimamente este papel de uma norma imanente se ele for conectado às condições de reconhecimento na moderna troca de realizações (Leistungen). São reconstruídas duas condições a partir de Hegel e de Durkheim: uma organização justa do trabalho social necessita remunerar suficientemente o trabalhador para prover-lhe condições socialmente dignas de sobrevivência e precisa estar estruturado de modo a que suas tarefas permitam ao indivíduo trabalhador perceber nelas uma contribuição para a coletividade e relacioná-la com o restante dos trabalhos socialmente necessários.
O texto responde a críticas feitas ao pequeno livro publicado sob o título Reitifiação no qual o autor pretendia recuperar na herança da teoria de Marx o conceito reificação á luz da teoria do reconhecimento. O texto primeiro busca precisar o marco de referência dentro do qual foi feita originalmente a tentativa de recuperar o conceito reificação, enfatizando sua interpretação literal. Em seguida, o texto trata de problemas específicos que resultam da sugestão de entender reificação como uma forma de esquecimento do reconhecimento. Tomando como premissa que o próximo (Mitmensch) é reconhecido pré-cognitivamente, o autor defende que a rotinização e habitualização de práticas sociais com objetivos desumanizantes automatizados pode levar ao esquecimento do reconhecimento original da outra pessoa
Contrariamente à percepção cotidiana de que os atores estatais têm como objetivo de suas ações o respeito e o reconhecimento da comunidade por eles representada, prevalece na moderna teoria predominante das relações internacionais a noção de que os governos nacionais orientam seu agir essencialmente a fins e não com base em princípios morais. O texto destaca as razões que falam a favor de uma maior consideração da dimensão do reconhecimento na explicação das relações internacionais e explora as implicações normativas que surgem a partir de tal mudança de paradigma para a compreensão e o tratamento das relações internacionais. Narrativas justificadoras da ação política recebem aqui um papel destacado
Em alguns de seus trabalhos Talcott Parsons descreveu o estabelecimento das sociedades modernas como um processo de diferenciação de diversas esferas de reconhecimento recíproco. Neste texto eu uso a teoria social do reconhecimento de Parsons para examinar características de conflitos sociais recentes. Começo expondo a descrição que Parsons fez das lutas por reconhecimento ocorridas nas sociedades altamente industrializadas de sua época. Depois tomo a concepção de Parsons sobre conflitos por reconhecimento normativamente orientados para indicar tendências que levaram a uma gradual erosão das estruturas de pacificação social postuladas por Parsons nas últimas décadas do século 20. Descrevo as consequências iniciais dessa desintegração como uma “barbarização” dos conflitos sociais. Por barbarizado entendo um estágio da sociedade em que as lutas por reconhecimento social escalaram e se tornaram anômicas, uma vez que não podem mais ser resolvidas nas esferas sistêmicas estabelecidas de negociação. Este texto revela a importância do conceito de reconhecimento para a teoria social ao acompanhar Parsons na análise de transformações estruturais que atualmente emergem em resposta a conflitos sociais. Resumo do editor.
Embora a ideia de “patologias sociais” ou “enfermidades” de uma sociedade inteira tenha sido bastante comum desde o Segundo Discurso de Rousseau, e especialmente proeminente dentro da tradição da teoria crítica, não está claro a quem exatamente se referea proposição de ter adoecido. Será apenas um número suficiente de pessoas individuais, será o coletivo entendido como um macro-sujeito, ou é a “sociedade” em si que foi acometida por uma desorganização específica de suas instituições sociais, afetando sua eficiência funcional de tal forma que se pode falar de uma “doença” especificamente social? Para todas as três atribuições, ou seja, as pessoas individualmente com suas doenças, a coletividade com a sua síndrome clínica particular, ou a própria sociedade como adoecida, podem ser encontrados casos na literatura correspondente. A fim de encontrar uma saída para essas perplexidades conceituais que estão no cerne dessa maneira de falar, abordo as propostas teóricas de Alexander Mitscherlich e Sigmund Freud, ambos defensores de um conceito específico de “patologias sociais” ou “enfermidades” baseado em ideias psicanalíticas. O resultado da minha reconstrução crítica será que somente uma compreensão da sociedade como uma entidade orgânica permite um uso não redutor da ideia de “patologias sociais”.