BDSL-Klassifikation: 03.00.00 Literaturwissenschaft > 03.06.00 Literaturtheorie
Refine
Year of publication
Document Type
- Article (82) (remove)
Language
- German (59)
- Portuguese (13)
- English (10)
Has Fulltext
- yes (82)
Keywords
- Literaturtheorie (32)
- Literatur (9)
- Literaturwissenschaft (9)
- Erzähltheorie (8)
- Digital Humanities (5)
- Ästhetik (5)
- Interpretation (3)
- Kongress (3)
- Luhmann, Niklas (3)
- Surrealismus (3)
Institute
- Extern (5)
O objetivo do texto é fazer uma leitura de elementos conceituais presentes na concepção freudiana sobre a poesia e a literatura, apontando aspectos problemáticos, como também os que se mostram pertinentes para análise do fenômeno estético. Inicialmente, passamos brevemente em revista pontos significativos de comentários críticos às reflexes estéticas freudianas da tradição, passando então a comentar o texto "Der Dichter und das Phantasieren" (1908), em que nos serviremos da comparação com temas e conceitos presents na "Poética" de Aristóteles e na "Kritik der Urteilskraft" de Kant. Na última parte, contrapomos alguns conceitos presentes neste primeiro texto ao artigo "Das Unheimliche" (1919), em que propomos uma leitura que faz contrastar o papel e importância conferidos à dimensão estética em ambos os textos. Toda a trajetória está orientada para demonstrar a necessidade de conceber o estético a partir do entrelaçamento, da identidade e da diferença, entre o âmbito psíquico inconsciente e suas formas de atualização refratadas pela dimensão imagético-imaginária.
Entfremdung (alienação) e Fremdheit (estranheza) podem ser entendidos como demarcadores de paradigmas culturais. A primeira está para a modernidade, assim como a segunda está para a pós-modernidade. Uma está para identidade, e a outra para alteridade. Enquanto a existência do fenômeno da alienação tornou-se questionável na atualidade, o discurso sobre estranheza vem se consolidando no âmbito acadêmico europeu. Tal discurso é, em certa medida, marcado por uma crítica cultural que tenta fazer justiça ao "estranho" recalcado por séculos pela cultura europeia. Enquanto isso, uma fenomenologia da alienação começa também a se desenvolver, a fim de reformular o conceito. Os dois fenômenos relacionam-se na medida em que a alienação é entendida como um momento transitório da estranheza. Ambas as teorias têm se mostrado produtivas no campo da análise literária.
Thiago Benites dos Santos: Inovação técnica e os media óticos em Kafka. ; Vítor Jochims Schneider: O olhar fotográfico e textual em Prosa do Observatório de Julio Cortázar. ; Márcia Lappe Alves: The question of point of view. ; Ana Lúcia Silva Paranhos: Le Désert Mauve de Nicole Brossard: Un Parcours dans l’univers de la traduccion littéraire. ; Daniel Iturvides Dutra: A literatura de ficção – científica e os problemas de tradução para a mídia fílmica. ; Larissa Rohde: Notes on Narayan’s Prose. ; Claudio Vescia Zanin: Abjection and Evil in ‘Haunted’. ; Fernanda Fernandes / Robert Ponge: Um breve estudo da intriga e de dois personagens de Roberto Zucco, peça de Bernard-Marie Koltès. ; Jaqueline Bohn Donada: ‘Romola’, by George Eliot, and its Conflicts. ; Maria Izabel V. Domingues: Literatura Escocesa e Literatura Brasileira: nacionalismo, regionalismo e algumas sutilezas. ; Vanessa Costa e Silva Schmitt/Robert Ponge: A medicina em ‘A Obra Em Negro’ de Marguerite Yourcenar: as diversas profissões da arte de curar no século XVI. ; Kelley B. Duarte: A escrita autoficcional e os percursos de memória em Régine Robin. ; Ivonne Mogendorff: ‘Andamios’ de Mario Benedetti – Memoria en las huellas del desexilio. ; Carlos Eduardo Meneghetti Scholles: Storytelling Coyotes: the Coyote Trickster Figure in Thomas King. ; Valter Henrique Fritsch: Apropriação do Discurso Mítico: Cassandra Profetisa a Pós-Modernidade. ; Érika Azevedo/Robert Ponge: André Breton e os primórdios do surrealismo. ; Monica Stefani: ‘You are what you read’: intertextual relations between Patrick White’s ‘The Solid Mandala’ and F. Dostoyevsky’s ‘The Brothers Karamazov’. ; Adriane Veras: A Reading of Sandra Cisneros’s ‘The House on Mango Street’. ; Lisanea Weber: Uma leitura sobre a escravidão no romance epistolar de Ina von Binzer.
Alessandra Belletti Figueira: Narrativas a luz da história: a estetização da adolescência em contexto de guerra ; Ana Paula Cantarelli: O confronto entre cidade interiorana e metrópole na obra de Caio Fernando Abreu ; Antonio Barros de Brito Júnior: Política da interpretação do texto literário: alguma ética é possível? ; Antônio Carlos Silveira Xerxenesky: Inevitabilidade e Apocalipse: o Fracasso do Humanismo em 2666, de Roberto Bolaño ; Carina Marques: Do criador de civilização ao eu-abismo: uma leitura palimpsestuosa do Fausto de Fernando Pessoa ; Cristiano Mello de Oliveira: A linguagem da resistência na obra “Cidade de Deus” de Paulo Lins ; Daisy da Silva César: Relação entre artes, media e formas expressivas: a personagem Fantomas em seus diversos contextos ; Denise Silva: Homogeneização cultural x Soberania nacional: uma discussão sobre a possibilidade do apagamento das culturas locais ; Dogomar González Baldi: Bartolomé de Las Casas, “O paraíso destruído; Gonzalo Guerrero, O Renegado; e “Avatar”, o filme para além de civilização e barbárie: a questão do outro não humano, uma leitura antropo-ética interdisciplinar ; Elisa de Avila Hönnicke: Trauma e tempo nas manifestações do onze de setembro - conflito entre as necessidades de lembrar e esquecer ; Fabrícia Silva Dantas e Luciano Barbosa Justino: Poesia, corpo e cinema em Terra em transe de Glauber Rocha ; Felipe Grüne Ewald: A consciência participante: perspectivismo e tradução cultural ; Fernanda Borges: Los premios: identidade e cultura sob um viés existencialista ; Francesca Batista de Azevedo: Diálogos entre Bernard Lahire e Clarice Lispector: Sociologia psicológica e um cego mascando chicles ; Gabriela Semensato Ferreira: Ser ou não ser: a questão do “eu” na ficção ; Gerson Neumann: Uma literatura sem lugar definido ; Giórgio Zimann Gislon: Aguardar, e, ou, caminhar ; Gisélle Razera: Simão Bacamarte e Policarpo Quaresma: Ciência, Nacionalismo e Hegemonia Europeia ; Ilva Maria Boniatti: O local revisitado em Luís Antônio de Assis Brasil ; José Teixeira Félix: Da oralidade ao escrito ou de como narrativas produzidas por indígenas brasileiros estão saindo das margens para o centro das discussões acadêmicas em cursos de Letras, no Brasil ; Larissa Daiane Pujol Corsino dos Santos: A confiança da imaginação popular nos media: o espaço textual nas telenovelas ; Melissa Rubio dos Santos: A mobilidade memorial ou intersubjetiva em Le goût des jeunes filles de Dany Laferrière ; Michele Savaris e Anelise Ferreira Riva: As versões hispanoamericanas da Bela Adormecida: gênero, memória e intertextualidade ; Rafael Eisinger Guimarães: Entre el campo y la estancia: lar, família e identidade gauchesca nas obras de José Hernández, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo ; Simone Xavier Moreira: Biografia, autobiografia e reminiscências: as construções discursivas de Caio Fernando Abreu ; Vinícius Gonçalves Carneiro: Cartas de Caio Fernando Abreu e Paulo Leminski: a história de um esquecimento e o fetiche da marginalização ; Vivian Nickel: Descolonizando traumas, narrando memórias: os estudos pós-coloniais do trauma e a literatura
Estes anais reúnem os trabalhos que, após apresentação no Seminário Nacional Vanguardas, Surrealismo e Modernidade: Europa e Américas, foram entregues, no prazo estabelecido, por seus autores à Comissão Organizadora do Congresso; foram todos submetidos a processo de avaliação por pareceristas, desenvolvido pela Comissão Científica de Publicação dos Anais, com a colaboração de pareceristas ad hoc externos à Comissão e à UFRGS, sob a coordenação de Robert Ponge, Ruben Daniel Méndez Castiglioni, Janaína de Azevedo Baladão e Nara H. N. Machado. – Os coordenadores do evento agradecem: aos professores Michael Korfmann e Gerson R. Neumann, editores da Contingentia, por acolher a publicação dos anais nas páginas de sua revista; à acadêmica Gabriela W. Linck, monitora da revista, pelas tarefas decorrentes da inserção dos anais na Contingentia.
No ensaio "Engagement", de 1962, Theodor Adorno recoloca em discussão a dicotomia entre literatura engajada e literatura autônoma, advertindo que em seu tempo a controvérsia não se situa mais no nível da sobrevivência humana ou da vida em sociedade, mas se coloca como uma especulação intelectual. O presente texto recupera as principais ideias de Adorno a respeito do tema e procura refletir sobre elas. O pensador apresenta os dois polos de pensamento sobre o problema e inicia dizendo que a tensão entre eles agora está diluída. Seguem-se então considerações sobre as confusões que envolvem o debate sobre o engagement, reflexões sobre a filosofia da arte de Sartre e sua concretização em obras de ficção, a arte e a didática de Bertolt Brecht, bem como o tratamento que o dramaturgo alemão dá ao fascismo, a relação entre o tom da poesia e a política, o problema do sofrimento ligado à obra de arte, o experimentalismo contemporâneo de Kafka e Becket, as tradições culturais da França e da Alemanha, e as relações entre a política e a arte autônoma.
O artigo apresenta uma reflexão teórica, a ser desenvolvida em futuras pesquisas, sobre os aspectos cognitivos da literatura. Considera-se que o texto literário possui uma função cognitiva específica, diversa do pensamento conceitual e abstrato, e oferece ao leitor modelos de ação humana e de percepção do mundo.
Die russische Literaturwissenschaft entwickelte sich auf der Basis der russischen Literaturkritik des 19. Jahrhunderts und setzte sich schon früh mit Problemen der komparatistischen Einfluss- und Beziehungsforschung auseinander. Sie war von Beginn an supranational und interdisziplinär ausgerichtet. Hingegen hatten die Einzelphilologien in der russischen universitären Tradition einen schweren Stand. So war z. B. anlässlich des erst im Jahre 2003 gegründeten russischen Germanistenverbandes festzustellen, dass die Vertreter der russischen Germanistik Probleme hatten, ein fachdisziplinäres Zusammengehörigkeitsgefühl zu entwickeln und sich eher als allgemeine Literaturwissenschaftler oder Komparatisten definierten. Während sich die Komparatistik in Deutschland erst nach der Überwindung eines langwierigen und schwierigen Prozesses der Abgrenzung in Bezug auf die Einzelphilologien in der wissenschaftlichen Forschung und Lehre einen festen Platz eroberte, nahm die russische Komparatistik eine völlig andere Entwicklung, da es dort einer besonderen Legitimation der vergleichenden literaturwissenschaftlichen Forschung nicht bedurfte.
Begriff
(2012)
So viele Wissenschaftler mit und an Begriffen arbeiten – wenige von ihnen stellen sich dabei jemals ernsthaft die Frage: "Was ist ein Begriff?" Eben dieser Frage möchte ich mich hier widmen. Es ist nicht nur der Form nach eine sokratische Frage; sie ist auch zuerst von Sokrates gestellt worden.
"Die Philosophen haben sich nicht genügend um die Natur des Begriffs als philosophischer Realität gekümmert", stellen Deleuze und Guattari fest."Sie haben es vorgezogen, ihn als gegebene Erkenntnis oder Repräsentation zu betrachten, die sich durch Vermögen zu seiner Bildung (Abstraktion oder Verallgemeinerung) oder seinem Gebrauch (Urteil) erklärten. Aber der Begriff ist nicht gegeben, er ist geschaffen und muß geschaffen werden". Deleuze und Guattari setzen also voraus, dass ein Begriff entweder gegeben sein oder produziert werden kann. Ich werde hier dagegen für eine dritte, alternative Option argumentieren: Ein Begriff ist weder gegeben noch wird er produziert, er wird im Akt der Verbegrifflichung performiert und präsentiert. Die Verbegrifflichung, dieses Spiel mit dem Begriff, produziert und entdeckt ihn zugleich, lässt ihn zugleich erscheinen und gibt ihm seine Existenz; sie verwischt also gerade die Differenz zwischen dem, was gegeben ist und enthüllt wird, und dem, was erfunden und produziert wird.
Der folgende Beitrag befasst sich mit den intertextuellen Bezügen, die Sabahattin Alis Roman "Kürk Mantolu Madonna" zu Leopold von Sacher-Masochs Novelle "Venus im Pelz" aufweist. Mit Gérard Genettes Intertextualitätstheorie lässt sich die Madonna als Beispiel der Hypertextualität einordnen. Die Venus ist im Text als eine Art Hintergrundfolie präsent, auf der innovative Änderungen vorgenommen werden, wobei die Strukturen des Vorgängertextes gleichwohl sichtbar bleiben. Indes fallen in der Novelle die wechselseitigen Verweise von nicht weniger als sechs Venusbildern auf, denen im Roman lediglich zwei Madonnenbilder gegenüberstehen, ein Umstand, der einer Klärung bedarf, da die Hypertextualität der Madonna von ihm betroffen ist. Hier erweist sich Jacques Derridas Differenzkonzept als hilfreich, da sich das verwirrende Bilderspiel der Venus damit als differentielles 'Spiel der Zeichen' fassen lässt. Um zu eruieren, was die hypertextuelle Relation zur Bedeutungskonstitution der Madonna beiträgt, ist es erforderlich, näher auf die Paarbeziehung des Textes einzugehen, in der die Frau einen nahezu heiligen Status für den Mann besitzt und ihm gegenüber Dominanz ausübt. Unter diesem Aspekt erscheint das Paar der Venus für das der Madonna als strukturelles Vorbild. Durch die Hypertextualität erhält also die Paarbeziehung des Romans als solche eine starke Akzentuierung. Mithin wird ihr subversives Potential deutlich, unterläuft sie doch das mit Michel Foucault zu bestimmende Sexualitätsdispositiv ihrer Zeit.